O jogo entre Grêmio e River Plate pela última rodada da fase de classificação do Brasil Ladies Cup, nessa sexta-feira (20/12), foi interrompido ainda no primeiro tempo em razão de uma acusação de injúria racial. A partida foi encerrada e o placar de 1 a 1 se manteve, com o time brasileiro avançando à final.
Tudo começou após Maria empatar o jogo para o Grêmio. Em seguida, a jogadora Candela Díaz, do River Plate, teria ofendido um dos gandulas, no Estádio Canindé, em São Paulo.
As atletas do time gaúcho saíram em defesa do gangula e também foram vítimas de palavras e gestos racistas, conforme nota de repúdio do Grêmio. As gremistas, inclusive, abandonaram o campo após os atos.
“Na verdade, as atletas da equipe adversária chamaram as meninas de macaca, de ‘negrita’. Houve o caso com o gandula, e as meninas não aceitaram, ele está aqui trabalhando. Desde o início do jogo acontece essa situação. Vim representar minhas atletas, situações como essa não podem ficar acontecendo. Até quando vamos ficar fingindo que não tem racismo, machismo?”, declarou Thaissan Passos, técnica do Grêmio.
Após o episódio, seis jogadoras do River Plate foram expulsas: a goleira Esponda, a zagueira Camila Duarte, a lateral-esquerda Cángaro, as volantes Candela Díaz e Julieta Romero e a meia Milagros Díaz. Sem o número de atletas adequado em campo para a continuidade do confronto, o duelo foi encerrado.
O Grêmio informou que fez boletim de ocorrência na delegacia responsável.
Repúdio
Em nota de repúdio, o Grêmio lamentou o ocorrido e reforçou seu compromisso contra qualquer preconceito. “Lamentamos profundamente o episódio e nos solidarizamos com o gandula e as atletas que foram agredidas de maneira inadmissível e intolerável.”
“Nós, do Clube de Todos, não aceitamos esse tipo de situação e aproveitamos para reforçar o nosso compromisso contra todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação, inspirados em alguns dos nossos maiores ídolos como o Everaldo, estrela na bandeira Tricolor, Lupicínio Rodrigues, autor do hino Imortal, Tarciso Flecha Negra, lenda do ataque e atualmente mascote do Clube, e Marianita, pioneira do futebol feminino e uma das maiores jogadoras gremistas de todos os tempos”, diz trecho da nota publicada pelo time gaúcho.
A notícia Grêmio Feminino deixa campo após caso de racismo de time argentino; entenda foi publicada primeiro no No Ataque por Redacao Jogada10