Apesar dos profissionais da meteorologia terem anunciado aos quatro ventos que o inverno deste ano será um dos mais rigorosos dos últimos tempos, está difícil de acreditas. Isso porque geralmente, nos anos anteriores, final de abril já curtíamos temperaturas bem mais baixas. Este ano, pelo visto, o calor não quer dar trégua. E pelo sim, pelo não, os expositores da tradicional Feira de Malhas e Tricô do Sul de Minas abriram as portas na última quarta-feira oferecendo peças para qualquer clima.
Ao contrário das edições anteriores quando só se via roupas de lã e de linha em uma visão “me aqueça nesse inverno”, os visitantes estão se surpreendendo com a quantidade de opções de modelos mais leves, em uma pega mais para meia estação.
Com certeza foi uma jogada inteligente dos profissionais que entenderam que a mudança climáticas mundial não está gerando confiança em ninguém mais, com relação às estações do ano. Particularmente acredito que ainda vamos comer um feio bem intenso, mesmo ele chegando mais tarde, basta tomar como base o forte calor do último verão.
O bom da feira é a diversidade de produtos: desde os mais básicos e clássicos até modelos mais fashions, e os preços mais acessíveis, o que permite uma renovada no guarda-roupa de inverno. Com isso doamos as peças mais usadas, ajudando quem precisa.
Para quem não sabe, a 64ª edição da Feira de Malhas e Tricô Sul de Minas, acontece no Minascentro até o dia 11 de maio, conta com cerca de 90 expositores das cidades de Jacutinga, Monte Sião, Andradas e Ouro Fino. O funcionamento é das12h às 20h, aos sábados e domingos, e das 13h às 20h, de segunda a sexta.
Dica para quem vai à feira: tenha paciência – afinal sempre fica lotada – olhe cada estande com calma, garimpe, pergunte. A maioria dos expositores coloca à mostra peças mais básicas, mais comerciais, mas quase todos têm peças dentro da tendência da moda, inspiradas nos lançamentos da Europa, Ásia e Estados Unidos. E como estamos beirando o Dia das Mães, é uma boa pedida para conseguir um belo presente.
De acordo com Dayhana Nicoleti, cerca 60 mil visitantes passarão pela feira atraídos pelas inúmeras opções feitas de forma artesanal e cuidadosa por fabricantes do Sul de Minas. "O tricô surgiu há cerca de mil anos a.C., e está na contramão do fast fashion, é uma moda durável, em constante reinvenção, que virou objeto de desejo por sua versatilidade e acabamento. Nosso público busca preço e qualidade", ressalta.
A Feira de Malhas tem ainda um papel fundamental para a economia do Sul do estado e para a capital, contribuindo para a valorização de uma cadeia produtiva formada por pequenas, médias e grandes confecções – boa parte de origem familiar, que acompanhou a evolução do setor, com o emprego de tecnologia de ponta –, que revendem para lojistas, turistas e 'sacoleiras' de várias regiões do país. "A produção do vestuário de malhas de tricô é a principal atividade econômica do Sul de Minas: para se ter uma ideia, em torno de 70% da população de Jacutinga e Monte Sião trabalha direta e indiretamente nas confecções. A Feira de Malhas fomenta receita e geração de empregos, são quase 400 trabalhos temporários, entre atendentes, recepcionistas, profissionais de limpeza e saúde, segurança, montadores e eletricistas”, finaliza.