Bioglitter da Make A se decompõe na natureza em 90 dias -  (crédito: Maria Dulce Miranda / EM / DA Press)

Bioglitter da Make A se decompõe na natureza em 90 dias

crédito: Maria Dulce Miranda / EM / DA Press

Você sabia que o glitter pode ser prejudicial para o meio ambiente? O brilho, que faz parte da maquiagem em looks elegantes e divertidos, geralmente é composto de pequenas partículas de plástico que, quando lavados ou descartados, são liberados no meio ambiente, prejudicando, especialmente, o ecossistema aquático. Por isso, cada vez mais pessoas que se maquiam buscam alternativas ecologicamente corretas, mas sem estragar o efeito visual que querem. 

 

Uma marca que aposta nisso é a Make A. Com uma linha completa de bioglitter, a empresa paulista busca investir em inovação, qualidade, diversidade e sustentabilidade para conquistar seu lugar no mercado. O Estado de Minas testou alguns dos produtos e dá o veredito se vale ou não a pena investir nestes produtos.



Foram três bioglitters: o purpurina rosa holográfico, o flocado bronze e o purpurina prata. Eles foram fáceis de aplicar, sem necessidade de um primer ou cola específica para glitter, afixando na pele com corretivo, e entregaram um brilho muito bonito, praticamente igual ao glitter tradicional. Eles podem ser usados nos olhos, rosto e corpo, sem nenhum prejuízo na performance ou risco para o usuário. No entanto, a experiência é prejudicada pela embalagem, que não é tão prática como poderia. 




Em primeiro lugar, não há indicação nem na caixinha da embalagem nem no potinho da indicação de cor, o que, no dia a dia, pode dificultar a identificar qual é o tom desejado para se aplicar. Isso pode ser um problema menor para quem faz automaquiagem, mas tende a atrapalhar a rotina de um maquiador profissional, por exemplo.


 

Outro ponto negativo é que não há um dosador. Ou seja, ao tirar a tampa, todo glitter está exposto, o que pode causar acidentes – e deixar sua casa cheia de brilho. Além da bagunça, isso pode ajudar a desperdiçar o produto. 





A embalagem é de plástico, o que pode não ser a opção ideal para uma marca que levanta a bandeira da sustentabilidade. Mas é preciso levar em conta a realidade do mercado, em que o material ainda é abundante e comum. Por isso, a Make A não erra nesse aspecto. Mas, já que o plástico está sendo usado, por que não investir em uma peça dosadora, como outros produtos disponíveis no mercado?

 

Amiga do meio ambiente

A Make A divulga que seu bioglitter se degrada na natureza em 90 dias, tempo muito menor que o glitter tradicional, em que alguns especialistas apontam que demora mais de 400 anos para desaparecer na natureza. Para que isso ocorra, a marca usou a celulose como base para as partículas de brilho. 

 


Além de ser um composto natural e biológico, ele possui nível de segurança 1, o maior segundo o site CosDNA, considerado referência nos Estados Unidos e Europa. A celulose corresponde a 91% dos ingredientes da fórmula. 


Em segundo lugar está o alumínio, que é responsável por dar cor ao produto. Esse elemento é considerado muito seguro, especialmente em produtos não alimentícios, como é o caso de cosméticos. A lista de ingredientes termina com o aglutinante de superfície, que permite maior aderência da partícula à pele. No entanto, a marca não fornece mais informações sobre qual é o composto utilizado. 



De modo geral, a fórmula é limpa e segura, com selo de produto vegano e cruelty free (livre de crueldade animal, ou seja, além de não ter ingredientes advindos de animais, também não foi testado neles). Com isso, é um produto livre para que todos que usam maquiagem possam utilizar. 

 

Tamanho das partículas

O bioglitter da Make A está disponível em 20 cores, em três tamanhos de partículas: o pó de fada, o purpurina e o flocado – do menor para o maior. Cada embalagem contém 3 gramas. O pó de fada e o purpurina, por serem mais finos, são ótima opção para looks para a noite, com possibilidade de fazer grandes looks elaborados e elegantes.


Já o flocado pode parecer mais caricato, sendo uma opção perfeita para curtir festas carnavalescas ou em looks mais divertidos e menos rebuscados. Os três têm textura leve e solta, mas, após afixados na pele, não ficam descolando, permitindo que a make dure por horas.


Eles podem ser aplicados com o pincel, com cerdas mais “duras”, ou com os dedos. Por serem próprios para maquiagem, oferecem menos risco se estiverem em contato com mucosas e olhos. 


Os preços variam entre R$ 25,90, pó de fada, e R$ 35,90, purpurina e flocado, segundo o site da marca. Não é o menor preço encontrado no mercado, mas também não é o maior, ficando dentro da média do que pode ser encontrado na internet.