Quando Adriana Coutinho criou o espaço para levar ao público, de forma democrática a arte de pequenos criadores, não imaginava que daria tão certo. Sua curadoria é baseada em valores dos quais não abre mão: inclusão social, coletividade, compartilhamento, trabalho autoral e o feito à mão.


“O que destaca na loja é exatamente a diversidade e exclusividade de produtos, todos produzidos localmente”, diz a dinâmica empresária que procura fazer semanalmente ações não apenas com as marcas que representa, como também com outros que descobre ao longo do caminho, e abre espaço para que façam bate-papos, demonstrações, palestras, degustações etc, para o público fiel e também convidados.


Mas o que chama a atenção são as roupas. Todas as marcas que estão na Pop Up têm pontos em comum: estilo, personalidade e conforto, muito conforto. A artista plástica Rita Lessa expõe ali seus belos trabalhos da linha home. Os jogos americanos pintados por ela são deslumbrantes e os longos, para atravessar a mesa então, nem se fala. Mas a grife de roupas Lessa, na qual imprime sua arte em tecidos, de forma original, é atração.


Outra marca é a Miêtta que trabalha exclusivamente com malha e consegue fazer uma pintura manual e bordados, que mais parecem um “abraço” de tão macios. Os vestidos, blusas, echarpes, enfim, todas as peças produzidas respiram e transmitem conforto e elgância. Destaque: Fábio Resende produz peças com manga ¾, raridade no mercado,


Liana Fernandes é outra que escolheu o espaço para colocar as criações do seu atelier. Estilista de peso – quem vivei na época do Grupo Mineiro de Moda se lembra das belas roupas da Comédia –, ela assina as criações da Brasil em Gotas, mas é no Liana Atelier que brinca com sua criatividade ao lado da filha Ana, com uma moda fluida e atemporal, misturando malha e seda amassada. Além de confortável, é uma praticidade nos dias atuais de não precisar passar a roupa e estar elegante. Destaque para a veste que acabou de sair do forno: bela!


A Fê-lis se destaca pelas cores que suas roupas são tinturadas. Chama a atenção a combinação, as geometrias, a modelagem. Mais uma marca que combina atemporalidade, estilo, modernidade e conforto. Nina CHO bebeu na fonte da memorável e saudosa Patachou e trouxe para os tempos atuais a bossa do tricot.


Não vamos entrar aqui nos outros objetos de artistas plásticos que estão no local, mas vale a pena dar uma conferida. Em suas paredes sempre chama a atenção a presença de artistas com experiências de exposições em galerias importantes, como Eduardo Recife , Lena Gontijo e Petchó Silveira.

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