Galeria Lua /Zilda Santiago e Anamaria Diniz – uma galeria com obras de arte de Letícia 
Moretzsohn, e a lua é representada pela marcante luminária pendente que se destaca -  (crédito: Gustavo Xavier/divulgação)

Galeria Lua /Zilda Santiago e Anamaria Diniz – uma galeria com obras de arte de Letícia Moretzsohn, e a lua é representada pela marcante luminária pendente que se destaca

crédito: Gustavo Xavier/divulgação

 

A mostra Modernos Eternos, que nasceu em São Paulo e chegou à capital mineira pelas mãos da empresária Josette Davis, começou com uma proposta interessante e diferente: apresentar ambientes bem decorados, com peças que unissem o contemporâneo com o antigo. E um detalhe, tudo que fosse colocado ali estaria à venda.

 

 


As primeiras edições apresentaram de fato o conceito do evento, porém, nas últimas edições, o que se viu foi uma “mascarada” no chamado Eternos. Os arquitetos e decoradores praticamente abandonaram peças históricas, dos séculos 19 e 18, e usam como tal mobiliário de design dos anos 1950 e 1960. São peças muito bonitas, de valor, mas chamá-las de eternas, ainda é muito cedo, tanto é que a própria organização chama de vintage. Destaque para a iluminação a A. de Arte que de fato engrandeceu os ambientes.


Apesar disso, o brilho da mostra se mantém, por sinal, é a única da franquia que continua a acontecer, no país, e os parabéns vão para Josette, responsável pelo sucesso do evento em Minas. Nota mil para o local escolhido, o belíssimo prédio do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), fundado em 1906, com uma arquitetura em estilo eclético, em voga no século 19, com traços ornamentais inspirados na tradição neoclássica europeia, que estava abandonado e bem deteriorado. A boa notícia veio no domingo passado, dia da abertura da mostra, para convidados, foi aprovada a verba de R$ 40 milhões para restauração do prédio. As obras devem durar três anos e o prédio voltará à sua utilização inicial: escola.

 


“O Instituto de Educação marcou a história e a cultura de Belo Horizonte de um jeito muito afetivo, eu mesma estudei lá. Já há algum tempo, o prédio estava precisando passar por restauração, e estamos muito felizes de estar presentes neste momento em que ele finalmente começa a voltar à sua melhor forma. A Modernos Eternos vai homenagear o IEMG e apresentá-lo para a cidade com a importância que merece", celebra Josette Davis.

 

Programação diversificada

 

 

A Modernos Eternos tem 42 ambientes, assinados por 45 profissionais, e poderá ser visitada até 14 de julho. Como nos anos anteriores terá uma extensa programação de mini-talks com temas de cultura, história, moda, arte entre outros, apresentações musicais e espaços gastronômicos inéditos.
Na fachada, o arquiteto Henrique Hoffman criou projeto em parceria com a Hunter Douglas, inspirado pela atemporalidade da música "Coração de Estudante" de Milton Nascimento e Wagner Tiso. O projeto dialoga com a arquitetura original e é dividido em três atos.


Na área de lazer e gastronomia, a Modernos Eternos tem um bar no jardim frontal, comandado pelo chef Leonardo Paixão, que também está à frente da operação do ambiente Café, no pátio interno da mostra. A programação de gastronomia se completa com o restaurante, onde o chef Jorge Ferreira – leia-se Olivia Mediterrâneo – assina o cardápio pela primeira vez.


A 9ª Edição da Modernos Eternos é patrocinada pela Gerdau e Cemig por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com apoio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e Realização da Sette Promoções e Governo de Minas Gerais.