Consumidor ainda espera por mais promoções e descontos para gastarem menos na Black Friday -  (crédito: Ascomsesc/Divulgação )

Consumidor ainda espera por mais promoções e descontos para gastarem menos na Black Friday

crédito: Ascomsesc/Divulgação

 

No sprint final da Black Friday, o consumidor corre atrás do seu objeto de desejo que encaixe em seu orçamento. Neste 29/11, última sexta-feira de novembro, a corrida acontece em mão única. Ou seja: consumidores disparam em busca dos melhores preços, enquanto comerciantes correm atrás dos clientes oferecendo as melhores ofertas. Como o processo de tomada de decisão de compra deixou de ser linear e os consumidores estão mais adaptados à data, sua jornada de compra começa bem antes.


Mas mesmo com variadas opções de pesquisas e mídias, o que mais vale para o consumidor nesta reta final são os tradicionais descontos e promoções. É o que mostra a pesquisa da Wake Creators, plataforma de influência com 10 anos de mercado, que avaliou o tipo de publicidade que mais impacta o consumidor na Black Friday. O resultado, especialmente devido a retração na economia, aponta que 76% dos entrevistados gostam mais dos anúncios de descontos e promoções. Em seguida, com 48%, vem publicidade feita por influenciadores nas redes sociais. A influência "orgânica", aquela das opiniões de parentes e conhecidos, aparece em seguida com 41% dos entrevistados. Publicidade com facilidade de pagamento (38%), experiência prévia com a marca ou loja (29%) também estão bem avaliadas.


O estudo ainda mostra que durante a Black Friday, 24,3% dos entrevistados tendem a valorizar anúncios que destacam grandes descontos e promoções, enquanto os vídeos demonstrativos de produtos são os preferidos de 12,6% dos participantes, seguidos por conteúdos divertidos e criativos que colocam o preço em segundo plano, com 12,5%.


Com relação a avaliações de produtos, o levantamento, que ouviu 1.000 criadores de conteúdo cadastrados na plataforma da empresa durante o mês de julho de 2024, indica que 99,7% dos consumidores consideram indispensável buscar avaliações de produtos e marcas antes de realizar uma compra. Os canais mais utilizados são sites de compra (65%), Instagram (58%) e a plataforma ReclameAqui (55%). Redes como TikTok (37%) e YouTube (30%) ganham destaque especialmente para avaliações em formato de vídeo.


Sobre os tipos de reviews preferidos, 70% dos consumidores preferem comentários com imagens e 68% escritos, seguidas pelos vídeos (60%). No processo de decisão entre uma loja ou site, a opinião de influenciadores também é relevante para uma parcela significativa dos consumidores: 52% consideram "muito importante" e 37% a compreendem como "importante".


Outro estudo mostra que o consumidor está mais com o pé no freio este ano. A pesquisa "Quem está comprando?", da MindMiners, mostra que mais da metade dos brasileiros (54%) sente uma diminuição em seu poder de compra, o que inibe o consumo. O estudo ouviu 1.500 respondentes, entre homens e mulheres com mais de 18 anos das classes ABC, de todas as regiões do Brasil. Sobre a situação financeira, 27% disseram estar em um cenário equilibrado, mas 34% ainda enfrentam dificuldades de pagar as contas. Os principais motivos são desemprego, salário baixo ou redução da renda familiar (38%); despesas maiores do que o previsto (38%); gastos inesperados (29%); falta de planejamento e desorganização financeira (26%) e uso excessivo de crédito (21%).


Mas vale muito investir em publicidade nesta reta final. O estudo também aponta que 30% dos entrevistados ainda não decidiram se irão adquirir algo. Já 24% não estão planejando, mas pretendem comprar algum item. Ao mesmo tempo, 23% já está planejando os produtos que irão adquirir. Além disso, 38% dos consumidores reservam uma parte do orçamento anual para comprar durante a data. Já 29% dizem comprar por impulso e mais da metade (56%) aproveitam o período para se preparar para o Natal e o Ano Novo, enquanto 53% compram itens que se tornam mais acessíveis graças aos descontos.


A expectativa do mercado é atingir a marca de R$9,3 bilhões. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) trabalha com projeção de R$ 7,93 bilhões de faturamento, com ticket médio de R$ 738. Em 2023, o ticket médio foi de R$ 705. Em Belo Horizonte, pesquisa da Câmara de Diretores Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) indica clima de otimismo. De acordo com projeções, o faturamento deve alcançar R$ 2,08 bilhões, o que representa aumento de 0,42% em relação ao ano anterior. O estudo da (CDL/BH) revela que 88% dos comerciantes apostam em movimento igual ou melhor do que de 2023. Ainda de acordo com a pesquisa, o ticket médio de compras esperado na capital é de R$ 363,70, podendo chegar a R$ 667,40, já que os consumidores devem adquirir até dois itens.

O cartão de crédito é apontado como o meio de pagamento preferido, com 65% dos empresários prevendo parcelamentos em até cinco vezes. Os produtos mais procurados, segundo as expectativas dos comerciantes, serão roupas (54,3%), calçados (13,8%), móveis (12,1%), itens de decoração (6,9%) e brinquedos (6%). 

Briefing

PROTEÇÃO ATRASADA
Antes tarde do que nunca. As empresas de apostas online estão proibidas de veicular qualquer tipo de publicidade direcionada a crianças ou adolescentes. A decisão foi determinada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), órgão do Ministério da Justiça, que exige das plataformas um relatório de transparência detalhando como irão cumprir as normas estabelecidas. A multa diária pelo não cumprimento será de R$ 50 mil.

BÔNUS PROÍBIDO
A Senacom também proibiu qualquer abordagem comercial que tenha relação com "adiantamento, antecipação, bonificação ou vantagem prévia" aos apostadores. Ou seja: influenciadores e personagens populares entre crianças e adolescentes não podem direcionar este tipo de publicidade para elas.

CONSCIÊNCIA NEGRA
Na semana da Consciência Negra, estudo mostra que 56,25% consumidores pretos ouvidos em pesquisa boicotariam ativamente uma marca que desrespeite a população negra. Os entrevistados apontaram segmentos que não atendem suas necessidades: produtos de beleza (13,70%); serviços financeiros (12,56%); educação (12,10%) e moda (11,59%).

INCLUSÃO
Eles desejam maior representatividade e inclusão: 61,87% entendem que só a presença de pessoas pretas e pardas na publicidade não seja critério para gostar mais de uma marca, mas 58,78% acreditam que seja um critério para consumir.

CRESCIMENTO
Por outro lado, a maior parte dos respondentes (64,53%) diz se sentir representado na publicidade. Avaliando o último ano, 68,95% acreditam que a representatividade da população negra na publicidade melhorou, enquanto 25,97% acreditam que não mudou e 5,08% afirmam ter piorado.

COPORATIVA EM ALTA
A edição 2024 da pesquisa bienal Radar Abracom, realizada pela Associação Brasileira das Agências de Comunicação, apresenta relatório desenvolvido pela Somar Marketing e Pesquisa com cenário positivo para as agências de comunicação corporativa. Em 2025, 38% das empresas pretendem aumentar os investimentos.

DEMANDA
Os serviços que serão mais demandas são assessoria de imprensa (56%), produção de conteúdo multiplataforma (51%), eventos (40%), compra de mídia e branded contente (32%) e comunicação interna (31%). O maior desafio apontado é a análise de dados para a escolha dos canais de comunicação mais efetivos para a marca (62%), seguido da adequação dos investimentos de comunicação ao orçamento disponível (51%).