LANÇAMENTO

Adrenalina nos negócios

empresário Vander Martins retorna ao mercado da moda com o lançamento da Kohde

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É com brilho nos olhos que Vander Martins relata o novo capítulo da sua vida: o lançamento da marca Kohde, que estreia no mercado nesta terça-feira, dia 11. Para ela, o empresário leva a mesma chama que fez dele um homem visionário com um olhar holístico dos negócios, sempre mirando as planilhas, mas sem perder de vista o desenvolvimento das coleções e as relações humanas.


Em entrevista exclusiva ao caderno Feminino & Masculino, ele conta o que está por trás da escolha do nome, resultado de uma pesquisa intensa, que passou por vários idiomas até chegar nessa palavra do dicionário finlandês, que pode ser traduzida como foco, ponto certo, objetivo. “Uma marca é um investimento pesado, tem que ter significado e ser afirmativa”, diz. Sim, um patrimônio tal qual a Skazi, aonde chegou em 1998, por meio do convite da sua mulher, Paola Murta, para uma sociedade na empresa.


A história é conhecida no mundo da moda – e fora dele. No auge do sucesso, o empresário recebeu uma oferta irrecusável e a vendeu ao poderoso grupo AMC Têxtil. A notícia surpreendeu pelo silêncio que envolveu a negociação e explodiu como um barril de pólvora no mercado. Na transição entre a cultura local e a cultura dos novos donos, o casal permaneceu cinco anos à frente da Skazi, retirando-se no ano passado.


Mas teve que esperar até o fim de novembro, prazo estipulado em contrato, para anunciar a Kohde, que, certamente, já estava sendo gerada pela dupla. Acostumado a navegar em mares revoltos, Vander se sente preparado para enfrentar as contingências econômicas com coleções inteligentes apoiadas na elegância contemporânea e representadas por peças que transitem em várias ocasiões, um “quiet luxury” com tempero fashion.


“A ideia é apostar em curadoria apurada, em que cada roupa tenha um sentido de ser, de estar ali. E em uma relação custo-benefício que junta valor e utilidade”, pontua. Em vez dos 800 mil cabides, que eram oferecidos pela Skazi, a Kohde simplifica e apresenta uma média entre 150 a 180 modelos por vez. Serão cinco coleções nesse ano, três voltadas à pronta-entrega e duas para pedidos, essas lançadas no salão de negócios Contemporâneo Showroom, em São Paulo.


Mas, para além dos cálculos e previsões, Vander está feliz com a oportunidade de inaugurar um novo tempo e com a configuração da empresa que está construindo. Além do experiente Eduardo Suppes, ele comemora a estreia da filha, Bruna Murta, de 20 anos, na equipe de estilo e no marketing. E a participação efetiva de Paola na direção criativa. “Ela está pondo a mão na massa como no início”, comenta.
A unidade familiar em torno de um projeto em comum é festejada como um trunfo a mais para que a Kohde evolua: isso porque o empresário tem grandes planos para o seu futuro em termos de crescimento, representatividade e valor. “Além da família, estão conosco somente pessoas de quem eu gosto e em quem confio. Fiz questão de entrevistar todo mundo, até o manobrista”, ressalta.


Competências

A proposta é seguir um modelo empresarial enxuto: 25 pessoas vão trabalhar em um Centro de Produção e Desenvolvimento de Produto (CPDP), entre eles três pilotistas, um modelista e um cortador. A produção será toda terceirizada. “Não quero mais indústria, estou priorizando conforto, qualidade de vida e profissionais competentes e comprometidos, que me coloquem na melhor posição no mercado. Contratei cérebros e não braços”, garante.


Quando aceitou ser sócio da mulher, ele levou consigo a cultura organizacional e financeira das instituições por onde passou: aos 13 anos, já era funcionário do então Banco Nacional; depois, passou 10 anos prestando serviços na indústria farmacêutica. Para bancar a sociedade, dispôs de alguns bens e entrou de cabeça nos riscos do empreendedorismo.


E percebeu quando era o momento certo de vender a marca – na verdade, já tinha isso internalizado quando apareceu a proposta do AMC Têxtil. Assim amealhou um patrimônio considerável e, se quisesse, poderia viver plenamente uma aposentadoria confortável, aos 54 anos. Mas sabia que voltaria ao mercado, assim como essa volta era esperada pelo setor.


“Acredito que a gente não está no mundo de bobeira. Se Deus me deu essa benção, me contemplou com esse talento, seria uma heresia não seguir esse caminho”, reflete. “Estou retornando com o entusiasmo de um novato, aproveitando o nosso prestígio, mas sabendo do tamanho da responsabilidade”.
Os últimos três meses foram intensos, desde a preparação da coleção até a construção do showroom, cujo projeto é assinado pela decoradora Raquel Coelho. Os convidados para o coquetel de inauguração, amanhã, só saberão seu endereço na véspera do evento. A única pista que ele dá é que não será no Bairro Prado. A surpresa faz parte de uma estratégia de marketing para despertar curiosidade e atenção.


Nisso, o empresário é craque. Um dos seus maiores insights foi acreditar nas redes sociais como eficaz canal de divulgação tão logo elas surgiram, primeiro o Facebook, depois o Instagram. Momento inicial das blogueiras, entre elas Thássia Naves, que explodiu e se tornou uma grande parceira da Skazi.
Hoje, no entanto, Vander pensa diferente quanto ao marketing de influência da Kohde. “Acredito em mini-influencers que tenham convergência com a marca, intervenção direta nos pontos de venda e no relacionamento com clientes. Mulheres bem-sucedidas que comuniquem com seu público de forma real”, afirma.


Quanto aos grandes desfiles, ele, que já colocou três mil pessoas no Mineirão em uma apresentação da Skazi, também vai direcionar os lançamentos para uma selecionada clientela. Pelo menos, por enquanto! A experiência adquirida nos últimos cinco anos gerindo também a Tufi Duek, a maturidade, os acertos e erros na balança e um plano de negócios assertivo são garantia de que a Kohde está bem ancorada. “É uma empresa que já nasce estruturada desde seu primeiro dia. Mesmo antes do lançamento, já tenho clientes comprometidos com reserva de praça”, garante. 

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