Presidente Lula durante a sanção do Projeto de Lei n° 3090/ 2023, que institui o Dia Nacional da Música Gospel -  (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

Presidente Lula durante a sanção do Projeto de Lei n° 3090/ 2023, que institui o Dia Nacional da Música Gospel

crédito: Ricardo Stuckert / PR

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) recebeu nesta terça-feira (15) no Palácio do Planalto integrantes da bancada evangélica do Congresso Nacional, durante cerimônia de sanção do Dia Nacional da Música Gospel. Durante o evento, o deputado bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ), que se afastou recentemente do ex-presidente, fez diversos elogios a Lula e a suas políticas sociais.

 

 

O governo Lula vem buscando aproximação com o público evangélico, que mantém laços mais fortes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o bolsonarismo de uma forma mais ampla.

 

"Eu quero encerrar dizendo que é graças à visão social de seus governos que essa gente humilde de Deus tem o poder ou tem condições de comer por causa do Bolsa Família e, onde morar, por causa do Minha Casa Minha Vida", afirnou o parlamentar.

 

"E também graças a essa visão social que nossas igrejas passaram a ter mais doutores e professores, gente que jamais poderia ter um diploma de curso superior se não fosse a visão do governo de Vossa Excelência", completou.

 

 

A cerimônia no Palácio do Planalto foi fechada para repórteres. A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) apenas divulgou o áudio com a fala de alguns presentes.

 

Participaram do evento alguns representantes da bancada evangélica. O coordenador da Frente Evangélica no Congresso Nacional, Silas Câmara (Republicanos-AM), não compareceu por estar se recuperando de uma cirurgia.

 

Ele foi representado por Otoni de Paula, que durante anos foi um dos principais atores na tropa de choque bolsonarista no Congresso Nacional.

 

"Senhor presidente, quis Deus que eu, que fui um dos mais combatentes defensores do antigo governo e seu crítico político, estivesse hoje aqui para representar a Frente Parlamentar Evangélica. E nesse momento, já fora do palanque eleitoral, me dirijo não ao Lula do Partido dos Trabalhadores, mas ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, e enquanto estiver ocupando esse cargo, por força de nacionalidade, meu presidente também", afirmou o parlamentar.

 

 

Otoni de Paula foi durante a Presidência de Jair Bolsonaro um dos ferrenho defensores do governo. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, aceitar denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o parlamentar.

 

A Procuradoria acusou o parlamentar de cometer os crimes de injúria e difamação ao proferir ofensas contra o ministro Alexandre de Moraes em transmissões ao vivo pela internet, entre 16 de junho e 5 de julho de 2020.

 

A relação entre Otoni de Paula e o bolsonarismo se desgastou recentemente por causa das eleições municipais. O parlamentar é um defensor e apoiou o prefeito reeleito Eduardo Paes (PSD), contrariando as orientações do ex-presidente da República.

 

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Paes, por sua vez, tornou-se um dos principais aliados do Palácio do Planalto. Lula visitou a cidade do Rio de Janeiro em diferentes momentos neste ano e apoiou a campanha pela reeleição do prefeito.