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A ilha brasileira, infestada de cobras venenosas, onde é proibido botar os pés
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A ilha pertence à Marinha do Brasil. Mas o acesso não é liberado nem mesmo para os integrantes das Forças Armadas sem licença especial. Ali só podem entrar pesquisadores, ambientalistas e cientistas com autorização. Foto: Ilha_da_Queimada_Grande_-Prefeitura de Itanhaém wikimedia commons
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O motivo é a quantidade impressionante de cobras. Queimada Grande é a segunda ilha com maior densidade populacional de cobras no planeta. Três mil cobras numa área de 430 mil m². Ou seja, 143 cobras a cada mil m². � como se houvesse 1.430 cobras a cada campo de futebol. Foto: reprodução Libur R7
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A Queimada Grande só perde em densidade de cobras para a Ilha de Shedao, na China, onde proliferam espécies locais, inclusive a espécie Gloydius blomhoffii (foto). Foto: ks wikimedia commons
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A Ilha da Queimada Grande faz parte de uma unidade de conservação criada em 31/1/1984. Tem o título de "área de relevante interesse ecológico", ou seja, com proteção determinada por lei para a preservação da fauna e da flora. Foto: reprodução YouTube Richard Rasmussen
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A ilha tem fauna endêmica (que só existe lá), como a jararaca-ilhoa (justamente a cobra que existe em profusão no local - foto) e a perereca 'Scinax peixotei' Foto: Nayeryouakim wikimedia commons
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O mais antigo registro histórico da ilha data de 1532. O português Martim Afonso de Souza aportou na ilha durante uma missão colonizadora. Foto: Leandro Manoel Afonso Mendes - wikimedia commons
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O nome Queimada Grande tem uma explicação: os marinheiros que iam à ilha antes da proibição (até porque o farol era operado manualmente) acendiam grandes fogueiras para espantar serpentes. E o fogo era visto do continente. Foto: Imagem de David Mark por Pixabay
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O Instituto Butantan explica que a jararaca-ilhoa remonta a 11 mil anos atrás, após a Era Glacial. Com o aumento da temperatura, a espécie se adaptou no isolamento. Foto: reprodução butantan.gov.br
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A falta de predadores naturais e da intervenção humana permitiu a proliferação dessas serpentes num ambiente isolado e a ilha foi se consolidando como um dos lugares mais inóspitos do planeta. Foto: Reprodução de vídeo do facebook.com/Travel-Space
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Esta espécie desenvolveu adaptações, ficando com cauda longa, para agarrar, e escura na ponta, usada para imitar larvas de inseto e atrair presas. Foto: reprodução - Canal Vem Comigo YouTube
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O veneno da jararaca-ilhoa é estudado pelo Instituto Butantan, mas seu antídoto é pouco fabricado, justamente porque essas serpentes vivem em área de acesso restrito a pesquisadores. Foto: Sturm wikimedia commons
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Em 1911 o faroleiro Antônio Esperidião da Silva foi o responsável por enviar exemplares da jararaca-ilhoa para o Butantan, dando início às pesquisas com a espécie. Foto: arquivo Instituto Butantan
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Desde 1925, um farol automático está instalado na parte mais plana da ilha, mantido e conservado pela Marinha. Mas sem necessidade de alguém no local. Foto: Reprodução de vídeo do facebook.com/Travel-Space
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Para duas cidades paulistas, a Ilha da Queimada Grande chama muito a atenção. Afinal, são os municípios mais próximos da ilha (a 35 km do litoral de São Paulo, entre essas duas cidades: Itanhaém e Peruíbe) Foto: Renato Augusto Martins wikimedia commons
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Itanhaém é um dos 15 municípios paulistas considerados "estâncias balneárias". Com 601 km², tem 104 mil habitantes, a 109 km da capital São Paulo. Foto: Felipe Beltrán Mejía wikimedia commons
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Peruíbe é uma cidade com belas praias, turismo ecológico e turismo rural. Fica a 141 km da capital São Paulo e tem 67 mil habitantes em 326 km². Foto: Onjacktallcuca wikimedia commons
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As jararacas-ilhoas são predadoras dos atobás-pardos, espécie que tem o hábito de botar ninhos em ilhas e que também se reproduz na Queimada Grande. As cobras capturam os pássaros e também comem os ovos. Foto: André Ganzarolli Martins -wikimedia commons
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Lagartos, anfíbios e centopeias (foto) também são comidos pelas jararacas-ilhoas Foto: Imagem de Lynn Greyling por Pixabay
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As jararacas-ilhoas ficam em galhos com frequência, podendo capturar presas também no alto. Mas elas têm capacidade de passar meses sem alimento. Foto: reprodução YouTube Mar Sem Fim
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O jornalista Goulart de Andrade (1933-2016) entrevistou o herpetólogo (especialista em cobras) Marcelo Duarte, do Butantan, que disse: "Esse bicho não come mais que 3 pássaros por ano. Sobrevive com pouquíssimo alimento". Foto: -reproducao-Canal-Vem-Comigo-YouTube