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Famoso paraíso natural, Fernando de Noronha já foi ‘Ilha Maldita, com terríveis histórias de prisioneiros
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Localizado a uma distância de 545 quilômetros de Recife, o arquipélago foi usado para manter pessoas isoladas, como exilados políticos, ciganos, combatentes da Revolução Farroupilha em 1844, prisioneiros da Revolução Praieira em 1849 e até mesmo capoeiristas, considerados arruaceiros no fim do século 19. Foto: Imagem de carlosemluz por Pixabay
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O arquipélago tem 21 ilhas, mas a mais importante delas também se chama Fernando de Noronha. O lugar desempenhava um papel importante como prisão em um local estratégico entre a Europa e o "Novo Mundo". Foto: Imagem de Eduardo Domingos por Pixabay
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Nos século 19 e 20, Fernando de Noronha, conhecida também como a "ilha Fora do Mundo", abrigava prisões com celas estreitas que nem sequer protegiam contra o clima extremo do lugar. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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Essas prisões foram construídas pelos próprios presos. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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Essas prisões foram construídas pelos próprios presos.Homens acorrentados por bolas de ferro e sofriam tortura psicológica na Ilha Rata, que funcionava como uma espécie de solitária ao ar livre. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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Também houve a devastação de uma área para evitar que os detentos fugissem em jangadas feitas com troncos de árvores de mulungu. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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Os prisioneiros, sem perceber, não apenas cumpriam suas penas, mas também contribuíam para a história de uma ilha que foi encontrada em 1503 e depois deixada de lado por seus primeiros descobridores. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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O isolamento era tão intenso que os moradores locais não tinham conhecimento da independência do Brasil em 1822 e continuaram a erguer a bandeira portuguesa na Fortaleza dos Remédios por mais dois anos. Foto: Manuel Costa Unsplash
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Além dos portugueses, os holandeses, franceses e italianos visitaram a ilha. Portugal só mostrou interesse novamente por Fernando de Noronha em 1737. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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Para consolidar o domínio sobre essas terras, a ilha foi convertida em uma prisão para pessoas condenadas a longas penas e passou a ser chamada de Colônia Correcional de Fernando de Noronha. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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As construções que existem hoje na Vila dos Remédios foram construídas por prisioneiros que também trabalhavam na agricultura, marcenaria, ferraria e sapataria. Foto: wikimedia commons Hudson Rodrigues Lima
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Essas construções começaram a ser erguidas no mesmo período, incluindo a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, que foi construída em 1737. Foto: wikimedia commons Ednei Fialho Lopes
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Outro exemplo de construção da época é o sistema de defesa que inclui dez fortificações, sendo chamado de "o maior sistema de fortificação do século 18 no Brasil". Foto: Flickr Jorge from Brazil
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A Fortaleza de Nossa Senhora dos Remédios tem ruínas que ainda estão visíveis no topo de uma colina, perto do centro histórico da Vila dos Remédios. Foto: flickr Mtur destinos
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Para conhecer o local, há um passeio que se inicia no casarão colonial do Palácio de São Miguel que leva os visitantes a explorar outras construções históricas, incluindo a Aldeia dos Sentenciados. Foto: flickr mtur destinos
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Neste local, os presos com mau comportamento eram obrigados a passar a noite em camas de madeira ou leitos de pedra. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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As atuais ruínas do forte Forte de Nossa Senhora dos Remédios já foram usadas como prisão e, durante a Segunda Guerra Mundial, serviram de abrigo para soldados americanos. Foto: wikimedia commons Carlos Scorzato
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A prisão comum operou até 1938, quando a ilha foi transferida para o controle da União e se tornou o local do Presídio Político Federal. Foto: wikimedia commons Enrique Piñeiro
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Em 1938, o presidente Getúlio Vargas requisitou o arquipélago, que passou a abrigar cerca de 600 homens considerados subversivos, incluindo o guerrilheiro e poeta Carlos Marighella. Foto: Youtube/ CAR.BLOG.BR
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No entanto, em 1942, esses presos foram transferidos para a penitenciária de Ilha Grande, localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Foto: wikimedia commons Yasmin Rollemberg
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Após o Golpe Militar de 1964, que destituiu o presidente eleito João Goulart, o arquipélago passou a abrigar o PresÃdio PolÃtico Especial a partir de abril. Foto: Flickr Amom Mandel Lins
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Durante o breve período em que essa nova forma de prisão foi utilizada em Noronha, de 1964 a 1967, 34 prisioneiros foram enviados para lá, incluindo o então governador de Pernambuco, Miguel Arrais, que ficou detido na ilha por 11 meses antes de ser exilado na Argélia. Foto: Domínio público / Acervo Arquivo Nacional
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A ilha voltou a fazer parte de Pernambuco após a promulgação da Constituição de 1988, que encerrou o status de Território Federal de Fernando de Noronha. Foto: Acervo ICMBio
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Por fim, Miguel Arrais se tornou novamente governador de Pernambuco e tomou posse no mesmo lugar onde anteriormente havia sido preso na ilha. Foto: Divulgação Governo de Pernanbuco
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Hoje, a ilha de Fernando de Noronha é um dos destinos turísticos mais famosos do Brasil e abriga algumas das praias mais bonitas do mundo! Foto: Snow-surf - Wikimédia Commons