Flipar
Ano começa e já se pensa em carnaval: Primeira travesti do Brasil é enredo da Tuiuti para Carnaval 2025
-
O enredo é desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos, que fez história com a agremiação de São Cristovão no Carnaval de 2018. Na ocasião, com o enredo "Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?", a agremiação foi vice, conquistando assim a melhor colocação de sua história. Foto: Divulgação Riotur
-
“O título do enredo é uma provocação. A quem interessa apagar a história de Xica Manicongo? Ela foi transgressora em sua trajetória, foi fichada pela Santa Inquisição e virou símbolo de luta das pessoas trans”, contou o artista. Foto: Carnavalesco Jack Vasconcelos - Tuiutí 2025 - Instagram @tvmaiscarnaval
-
O anúncio foi celebrado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), a primeira transexual eleita para o Congresso Nacional ao lado de Duda Salabert (PDT-MG), em 2022. A festa de lançamento do enredo ocorreu na noite de 5/4 na Cidade do Samba, e recebeu como convidadas as outras escolas do especial e a paulistana Vai-Vai. Foto: Instagram @hilton_erika
-
“Xica teve sua história apagada por séculos, e o resgate de sua memória é também o fortalecimento das pessoas LGBTQIA+ perante aqueles que até hoje querem nos ver na fogueira”, comemorou a deputada. Foto: Camara dos deputados wikimedia commons
-
Continue após a Publicidade
-
Em 2022, dada também à importância do nome da personagem para a comunidade LGBTQIA+, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei (PL) para que uma via da capital paulista passasse a ter o seu nome. Foto: Câmara dá nome de Xica Manicongo a rua pública de São Paulo - Tuiutí 2025 - Divulgação
-
“Xica Manicongo foi a primeira travesti não indígena do Brasil. Trazida sequestrada da região do Congo, pertencente à categoria das quimbandas de seu povo, sua expressão de gênero era lida pelo colonizador como feminina”, dizia a justificativa do PL assinado também pela então vereadora Érika Hilton (PSOL-SP). Foto: Xica Manicongo, Travestis Negras - Tuiutí 2025 - Instagram @casadabaixacostura
-
“Xica Manicongo representa a luta das travestis brasileiras pelo seu direito à memória e reconhecimento e por isso é importante homenagear sua luta e existência.”, disse a vereadora. Foto: Tuiutí 2025 - Marco Terranova/Riotur
-
Continue após a Publicidade
-
Trazida do Congo para Salvador, na Bahia, Xica foi escravizada e trabalhou como sapateira na capital nordestina no século XVI. Foto: Xica Manicongo, - Tuiutí 2025 - Reprodução do X @odaradeverdade
-
No entanto, Xica recusava-se a utilizar o nome masculino que lhe foi imposto, ao mesmo tempo em que seguia vestida em seus trajes femininos. Foto: Xica Manicongo,- Tuiutí 2025 - Reprodução de Youtube
-
Por anos, a historiografia retratou Xica enquanto Francisco, assassinando seu direito à memória. Ela também teve seu comportamento reprimido pelos costumes da época. Foto: Xica Manicongo,- Tuiutí 2025 - Reprodução de Youtube
-
Continue após a Publicidade
-
A escravizada foi acusada de sodomia, sendo considerada até mesmo como uma feiticeira, de acordo com o Casa 1, centro de referência no acolhimento de pessoas pessoas LGBTQIA+ em São Paulo. Foto: Tuiutí 2025 - Instagram @paraisodotuiutioficial
-
Somente com o movimento de travestis e pessoas trans na academia que foi possível trazer a verdade sobre a história de Xica Manicongo, atribuindo-lhe o título de primeira travesti brasileira não indígena. Foto: Carnavalesco Jack Vasconcelos - Tuiutí 2025 - Divulgação
-
Seu sobrenome, Manicongo, era um título utilizado pelos governantes no Reino do Congo para se referir aos seus senhores e às suas divindades. Dessa forma, podemos então traduzir o nome dela como “Rainha ou Realeza do Congo”. Foto: Xica Manicongo - Tuiutí 2025 - Reprodução Unsplash
-
Continue após a Publicidade
-
No século XVI, as normas e regras de cisgeneridades eram ainda mais rígidas, mas Xica se recusava a usar vestimentas consideradas masculinas para a época e a se comportar “como um homem” Foto: Xica Manicongo - Tuiutí 2025 - Reprodução de Youtube
-
Por conta desta resistência, ela foi acusada de sodomia e julgada pelo Tribunal do Santo Ofício, instituição eclesiástica responsável por punir judicialmente crimes de “heresia”. Foto: Xica Manicongo - Tuiutí 2025 - Reprodução de Youtube
-
Essa história já foi contada também em documentários como "Pedagogias da Navalha" e ficou conhecida também pela apresentação de "Xica", no teatro, pelo Coletivo das Liliths. Foto: Xica Manicongo,- Tuiutí 2025 - Reprodução de Youtube
-
Continue após a Publicidade
-
Além destas denúncias, ela também foi acusada de participar de â??uma quadrilha de feiticeiros sodomitasâ?. Foto: Xica Manicongo - Tuiutà 2025 - Reprodução de Youtube
-
Xica Manicongo foi condenada à pena de ser queimada viva em praça pública e ter seus descendentes desonrados até a terceira geração. Foto: Xica Manicongo - Tuiutí 2025 - Reprodução de Youtube
-
No último carnaval, a Paraíso do Tuiuti apresentou um carnaval em homenagem a João Cândido, líder da Revolta da Chibata, e ficou com a nona colocação, com 268,3 pontos. Na ponta da classificação, a Unidos do Viradouro conquistou o terceiro título de sua história. Foto: Tuiutí 2025 - Instagram @paraisodotuiutioficial
-
Continue após a Publicidade
-
O nome "Paraíso do Tuiuti" deriva da junção de "Paraíso das Baianas" com "Unidos do Tuiuti", as duas primeiras escolas do morro. A escola tem como cores o azul e o amarelo. As cores, assim como o nome, também fazem referência às duas primeiras escolas de samba da comunidade. O azul foi herdado da Unidos do Tuiuti; e o amarelo, da Paraíso das Baianas. Foto: Tuiutí 2025 - Instagram @paraisodotuiutioficial
-
A Estação Primeira de Mangueira é a escola-madrinha da Paraíso do Tuiuti. As escolas têm ligação por serem de morros vizinhos. Além disso, a escola tem como símbolo uma coroa, com uma lira na ponta de cima, ladeada por ramos de louro desde sua base. Foto: Fabio Motta/Riotur
-
Depois dos anos 50, a escola voltou a ter uma experiência no Grupo Especial em 2001, com o enredo "Um mouro no quilombo: Isto a história registra", do carnavalesco Paulo Menezes. Depois disso, subiu em 2016 e irá para o seu oitavo carnaval seguido na elite das escolas de samba do Rio de Janeiro. Foto: Alex Ferro | Riotur
-
Continue após a Publicidade