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Esporotricose: Amazonas registrou mais de 1.200 casos de doença causada por gatos em 2024
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A esporotricose é uma infecção subcutânea (sob a pele) provocada por fungos do gênero Sporothrix. Esses micro-organismos, que vivem no solo, na vegetação em decomposição e em cascas de árvores, podem infectar humanos por arranhões, mordidas e secreções de gatos contaminados, resultando em uma infecção subcutânea com uma ou múltiplas lesões, principalmente nas mãos e braços. Foto: Divulgação
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Em julho de 2024, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria a Política Nacional de Prevenção e Combate à Esporotricose. O foco é na prevenção, tratamento e proteção de pessoas e animais. Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)
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A proposta determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) realize planos de ações para a vigilância e o tratamento adequado de humanos e animais. Além da distribuição gratuita de medicamentos para tratamento dos animais infectados e para prevenção e cuidado também com os humanos. Foto: Divulgação
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A criação da política está prevista no Projeto de Lei 792/22, do deputado Juninho do Pneu (União-RJ). Relator, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) defendeu a aprovação da matéria na forma de um novo texto. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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A doença não integra a lista de notificação obrigatória do Ministério da Saúde. Isso causa desconhecimento de dados na maioria dos estados brasileiros. Foto: Freepik
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Segundo o infectologista Flávio Telles, coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os casos vêm aumentando progressivamente ao longo da última década. Foto: Divulgação/SBI
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“Trata-se de uma epidemia em expansão. (...) Isso ocorre porque não há controle da doença entre os felinos. Não há vacinas, o tratamento do gato doente é longo e requer dedicação do tutor”, ressalta. Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio
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A doença já foi registrada em países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. Em 90% dos casos, a transmissão acontece por gatos contaminados, visto que humanos e cachorros não podem transmitir a esporotricose. Foto: Pixabay
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Em 2023, houve um aumento de 40% dos casos registrados na cidade de São Paulo. No Paraná, pulou de 1.242, em 2022, para 2.887 em 2023. Cabe salientar que o estado é um dos poucos que fornece medicação para cães, gatos e seres humanos. Foto: Reprodução / PMJP
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O Ministério da Saúde indicou que dados de dispensação dos medicamentos para o tratamento dessas pessoas sugerem um aumento no número de casos. Por outro lado, ainda não há um sistema oficial de registro de casos de esporotricose humana. Foto: Marcello Casal Jr / Agencia Brasil
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Especialista da Fiocruz, Dayvison Freitas informou que há uma“hiperendemia”, quando uma doença endêmica passa a crescer de forma acentuada. Foto: Twitter/Fiocruz
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"Desde 1998, o fungo se adaptou de uma forma tão grande ao gato, que o felino passou a transmitir para outros gatos, para o ser humano e cães também”, analisou. Foto: GPA/Divulgação
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Freitas explicou que, apesar das poucas chances de ser fatal, o fungo pode se tornar grave. Portanto, o tratamento deve ser iniciado assim que a doença for identificada. Veja a seguir os tipos da doença. Foto: Divulgação
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Esporotricose linfocutânea: é a forma clínica mais frequente, quando são formados pequenos nódulos na camada da pele mais profunda, seguindo o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. Afeta principalmente os membros. Foto: Freepik
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Esporotricose disseminada: acontece quando a doença se espalha pelo organismo, com comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado). Foto: Wikpedia
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Esporotricose extracutânea: quando a doença se espalha para outros locais do corpo, como ossos, mucosas, entre outros, sem comprometimento da pele. Foto: Freepik
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Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode causar lesões na pele e pequenos nódulos na camada de pele mais profunda. Nos casos mais graves, pode afetar órgãos ou sistemas como pulmão, ossos e fígado. Foto: Divulgação/Governo Federal
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O tratamento em humanos deve ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente o itraconazol e o complexo lipídico de anfotericina B para o tratamento da esporotricose humana. Foto: Reprodução/Freepik
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O diagnóstico de esporotricose é feito com exames laboratoriais em que o fungo encontrado nas lesões é isolado. Em casos mais graves, é realizado por amostras, como escarro, sangue, líquido sinovial e líquor. Foto: Pixabay
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Segundo a Fiocruz, a doença tem cura e o tratamento em animais deve ser feito por veterinários. Com o uso do remédio adequado, já se encontram sinais de melhora. O tratamento, porém, deve ser realizado em até dois meses depois das feridas desaparecem. Foto: Facebook Fiocruz Mato Grosso do Sul
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No momento, apenas dez estados incluíram a esporotricose humana em suas listas de notificação compulsória de doenças. São eles: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro e Rondônia. Foto: Reprodução/TV TEM
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O infectologista Flávio Telles cita que a notificação compulsória é importante para entender melhor os casos e os tratamentos. Como medida de prevenção, deve haver a castração de animais, limitação de seu acesso à rua, além da orientação de cremar bichos que morrem de esporotricose. Foto: Didi S por Pixabay
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“É importante ainda implantar medidas educativas e de saúde para esclarecer a existência da doença, explicando que o gato é uma vítima e não o culpado”, frisa. Foto: Imagem Freepik