A Polícia Civil de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, investiga a morte de Jéssica Marques Vieira, de 32 anos, que morreu no último sábado (4/11), em uma clínica na Avenida Caio Martins, naquela cidade, quando foi fazer a retirada de um DIU (Dispositivo Intrauterino). O inquérito corre como erro médico.
A morte teria ocorrido entre 7h30, hora em que a vítima chegou à clínica Med Center, e 9h30, quando ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), também em Matozinhos.
Jéssica tinha horário marcado e chegou à clínica acompanhada do pai, Lino e do marido. Logo foi atendida e levada para um consultório, de um cardiologista. Pai e marido estranharam a demora do procedimento.
Por volta das 9h30, uma movimentação de enfermeiras chamou a atenção dos dois, que temiam que algo estivesse errado. Em dado momento, viram duas bolsas de soro sendo carregadas por uma enfermeira, e em seguida, chegou uma equipe da UPA, com um desfibrilador.
Pai e marido passaram a questionar as enfermeiras e uma delas informou a eles que o quadro de Jessica era preocupante. Pouco tempo depois, a mulher saiu da sala em uma maca.
Segundo o pai dela, que é vigilante e já fez cursos de primeiros socorros, a filha estava pálida e tinha os lábios roxos. Ao lado do genro, questionou o médico, que alegou que tinha tentado fazer o procedimento de ressurreição 19 vezes. Os dois foram impedidos de ir na ambulância com Jéssica.
Ninguém informou ao pai e ao marido o quadro de saúde da mulher, até as 14h30, quando a morte foi comunicada. Logo em seguida, chegou o rabecão da Polícia Civil para encaminhar o corpo ao Instituto Médico-Legal (IML), em Belo Horizonte.
O pai e o marido tiveram dificuldades, até mesmo, para ver o corpo de Jéssica. Ao tocá-la, segundo o pai, o corpo já estava frio, o que significava que a morte tinha ocorrido bem mais cedo do que lhes foi comunicado.
Os dois retornaram à clínica, para tentar conversar com o médico e entender o que teria acontecido, mas nem sequer foram atendidos. Foi quando decidiram registrar queixa na polícia. A expectativa, agora, é pelo laudo de necropsia.
A reportagem tentou contato com a clínica Med Center por telefone, sem sucesso.