Casal que furtou rosário beneditino no Museu de Arte Sacra de Ouro Preto foi flagrado por meio de câmeras de segurança do local -  (crédito: Circuito interno de TV/Reprodução)

Casal que furtou rosário beneditino no Museu de Arte Sacra de Ouro Preto foi flagrado por meio de câmeras de segurança do local

crédito: Circuito interno de TV/Reprodução

Um rosário beneditino datado do século 18 foi furtado nesta sexta-feira (10/11) no Museu de Arte Sacra de Ouro Preto. Inaugurado no ano 2000, o equipamento cultural está localizado no subsolo da Basílica de Nossa Senhora do Pilar, situada no Centro Histórico do munícipio da Região Central de Minas Gerais.

O furto foi comunicado nas redes sociais pela Paróquia Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto. Imagens do circuito interno de TV mostram um casal andando pelo espaço no início da tarde, quando o homem, às 13h18, força a abertura de uma proteção de vidro onde o rosário estava exposto e pega a peça. Na sequência, ele deixa o local acompanhado da mulher. Veja: 

 

Segundo o padre Adilson Couto, o crime aconteceu durante o intervalo de almoço, e, por isso, poucas pessoas estavam no local. “Tivemos visitas indesejadas, que levaram um dos objetos sagrados do nosso patrimônio histórico, artístico, cultural e religioso. Trata-se de um rosário, um terço de ouro, muito significativo para todos”, declarou o religioso em vídeo divulgado pela Arquidiocese de Mariana.

A peça, segundo conta, integra o acervo da igreja que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ainda de acordo com o padre, as polícias Militar e Civil foram acionadas.

O rosário beneditino datado do século 18

O rosário beneditino datado do século 18

Basílica de Nossa Senhora do Pilar/Divulgação

Cinco décadas de um furto sem solução

Há 50 anos, a Basílica de Nossa Senhora do Pilar tornava-se alvo de um dos maiores atentados contra os bens culturais do país. Na madrugada de 2 de setembro de 1973, ladrões levaram 17 peças sacras do museu localizado no subsolo do templo barroco, um dos ícones da primeira cidade brasileira reconhecida como Patrimônio Mundial.

Entre os objetos furtados, segundo a direção do museu, havia uma coleção formada por custódia e três cálices de prata folheados a ouro, de origem portuguesa, usados no Triunfo Eucarístico, em 1733, a maior festa religiosa do Brasil colonial. Os objetos de fé continuam sendo procurados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).