ônibus da Viação Expresso Gardênia -  (crédito: Reprodução/Viação Gardenia)

ônibus da Viação Expresso Gardênia

crédito: Reprodução/Viação Gardenia

A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) assinou um documento pedindo a rescisão do contrato da "Viação Expresso Gardenia" com o estado de Minas Gerais. A empresa, que tem concessão para o transporte público, foi alvo de 365 notificações de irregularidades só em 2023. 

 

A viação atende a 150 municípios no Sul de Minas, transportando seis milhões de passageiros por ano. No documento entregue à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), os deputados da comissão trazem denúncias envolvendo atrasos, problemas sanitários e má conservação dos ônibus.

 

A solução oferecida pela comissão à Seinfra foi a abertura de uma nova licitação envolvendo duas novas empresas para substituir o serviço prestado pela Gardenia.

 

 

O deputado Dr. Maurício (Novo) foi quem entregou o documento ao secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno. O parlamentar afirma que as reclamações dos passageiros envolvem para-brisas quebrados, acidentes e atrasos, com perdas de consultas em procedimentos médicos agendados em outros municípios. “São mais de dez anos de descaso com a população do Sul de Minas. Temos tido muita paciência com a empresa”, disse ele.

 

O secretário de Estado, por sua vez, indicou que a Viação Expresso Gardenia tem sido uma das viações com maior número de reclamações. Pedro Bruno explicou que a concessão acordada entre o Estado e a empresa, assinado há cerca de 15 anos, havia sido para um período de 30 anos de concessão. Mas se os problemas persistirem, é possível rescindir o contrato.

 

“Vamos atuar no âmbito da Seinfra, resguardando a preocupação fundamental com a segurança dos passageiros. E temos penalidades previstas no contrato”, afirmou.

 

Posicionamento da Viação Expresso Gardenia

 

Para solucionar o problema, a Viação Expresso Gardenia fez um investimento de R$ 30 milhões, de acordo com o advogado da empresa, Leonardo Silva. "Não é do nosso interesse dizer que não tem problema", afirma Leonardo. Ele explica que a maioria das reclamações dos clientes da viação, como atraso das viagens e ônibus quebrados, são causados pelas estradas de Minas Gerais, que estão esburacadas. 

 

O jurista explica que, por causa das condições das estradas, os ônibus acabam atrasando. "As estradas de Minas Gerais estão muito ruins, muito esburacadas. Isso é uma questão de causa e efeito", esclarece. O mesmo serve para os ônibus quebrados. Mas, além disso, Leonardo diz que os ônibus da viação são fabricados no exterior e não foram feitos para trafegar em locais montanhosos. "Foram fabricados no exterior, feitos para andar em regiões mais planas".

 

O advogado reforça: "O compromisso da empresa é voltar a ser o que ela sempre foi".