O futuro da Serra do Curral é tema de discussão em audiência pública realizada nesta terça-feira (22/11) no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Manifestantes foram ao local realizar um ato contra a licença que permite a mineração na Serra, lugar de importância ambiental, cultural e histórica na Grande BH.
Roberto Rolim Andres, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, destacou a importância da Serra para o povo mineiro na audiência pública.
“Esse bem, que marca a paisagem deste município, é um patrimônio cultural e paisagístico central para cidade de Belo Horizonte. Estamos em defesa do tombamento integral da Serra do Curral. É um desejo, vontade e direito da população”, afirma.
O professor destaca a audiência tem uma importância significativa por ser o primeiro evento público de uma mesa de negociação que vem acontecendo de maneira fechada, sem participação popular da sociedade.
Além disso, o docente relata que a licença dada para a mineradora está irregular, ainda mais que o processo de tombamento estava em curso, cenário que garante a proteção do lugar e pela falta de estudo hídrico.
“O documento veio a público depois mostrando que a mineração passa ao lado da adutora que abastece metade da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte”, destaca.
O professor pede a anulação do licenciamento pelo Governo Zema e o tombamento da Serra do Curral. “Só dessa maneira que a gente vai ter esse bem protegido como o povo do estado merece, como direito a esse patrimônio”, aponta.
Foram liberadas no máximo 100 pessoas para presenciar no auditório a audiência, entre ativistas, ambientalistas e parlamentares. Do lado de fora manifestantes do movimento “Tire o pé da minha serra” colocaram vários cartazes em defesa do patrimônio natural.