Policiais civis em frente à casa da delegada Monah Zeir -  (crédito: Isabela Bernardes/EM/D.A Press)

Policiais civis em frente à casa da delegada Monah Zeir

crédito: Isabela Bernardes/EM/D.A Press

A delegada Monah Zein está há 31 horas presa em sua própria casa, no Bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, em Belo Horizonte. A luz do apartamento teria sido cortada na tarde desta quarta-feira (22/11), segundo um relato que ela publicou no Instagram.

Por meio da rede social, a delegada está atualizando os mais de 6 mil seguidores sobre a situação. Na última publicação, afirma que, além estar sem luz, também não tem comida.

 

O caso começou na manhã de ontem, por volta de 9h, quando o prédio da servidora foi cercado depois que ela teria publicado mensagens em um grupo de delegados sobre o suicídio de um investigador do CORE.

Segundo uma fonte ligada à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), um dos responsáveis pela ocorrência envolvendo Monah afirmou que os policiais "ficaram preocupados" com o teor das postagens e, por isso, decidiram ir até a residência buscar sua arma.

No entanto, em live divulgada em suas redes sociais, Monah afirma que tem sido perseguida por pessoas de dentro da corporação, em decorrência de denúncias de assédio que registrou.

O porta-voz da PCMG, delegado Saulo Castro, explicou que mensagens enviadas pela delegada em um grupo geraram preocupação nos colegas de trabalho.

“Ontem a delegada de polícia retornava das férias e enviou em um grupo mensagens que sugeria algo que pudesse levar a uma situação contra sua própria saúde. Colegas de trabalho vieram aqui para acolher a colega. A conversa não se desdobrou, ela estava mais exaltada e julgamos necessário chamar a Core”, disse.

Ele confirmou que houve disparos de arma de fogo e que ninguém ficou ferido, mas não disse se os policiais no local também atiraram.

A advogada de Monah afirma que os tiros foram acidentais. “Ela não está colocando a vida de ninguém em risco. Ela não ameaçou ninguém em momento algum. O que aconteceu foi um disparo acidental. Ela teve uma sentença favorável e infelizmente isso gerou uma repercussão de modo contrário, foi mal-interpretado. Em momento algum ela ameaçou qualquer pessoa ou ela mesma”, disse Jussélia Bráz.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil, que não confirma se a luz da casa da delegada realmente foi cortada. A PC ainda apura a veracidade e a matéria será atualizada quando houver resposta.