O Jardim Zoológico de Belo Horizonte celebra a chegada de dois filhotes de animais sob o cuidado do lugar: um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e um mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas).
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Os filhotes nasceram, respectivamente, em 30 de setembro e em 7 de outubro, e continuam dependentes das mães, comportamento normal e esperado para esta fase, indicando plena saúde e bom desenvolvimento do núcleo familiar.
A equipe do zoológico diz que evita causar transtornos para as famílias durante esta fase importante. O manejo dos animais é mínimo e há o monitoramento do desenvolvimento dos animais, sem interferir na dinâmica dos grupos.
As duas espécies apresentam características peculiares, inclusive, que se relacionam com o nome popular delas. Enquanto o mico-leão-de-cara-dourada exibe uma juba com uma coloração em tons de vermelho e laranja, parecendo um leão; o tamanduá-bandeira, quando busca refúgio em um buraco ou depressão, se enrola e se cobre com a cauda espessa, como se houvesse uma bandeira ou manto sobre o corpo.
Com um novo membro, podem ser observados comportamentos mais próximos daqueles exibidos na natureza pelas famílias. Por exemplo: é comum que a mãe fique mais recolhida e bem perto do filhote para evitar riscos. Às vezes, cabe ao pai a tarefa de ajudar nos cuidados com a prole, como no caso do mico-leão-de-cara-dourada. Esses e outros comportamentos se mantêm mesmo quando os animais estão sob cuidados humanos.
Proteção das espécies
O Zoológico de Belo Horizonte segue os protocolos de manejo dos Planos de Ação Nacional (PANs) elaborados por especialistas de instituições nacionais e internacionais que têm amplo conhecimento dos melhores procedimentos a serem adotados para proporcionar saúde e bem-estar aos animais que vivem sob cuidados humanos.
No que diz respeito ao “status” de conservação dos animais que nascem na natureza, vale ressaltar que o tamanduá-bandeira é uma espécie que está na categoria “vulnerável” nas Listas Vermelhas de Espécies Ameaçadas de Extinção (IUCN, 2008 e ICMBio, 2014). Já o mico-leão-de-cara-dourada consta como espécie ameaçada de extinção (IUCN, 2020-1 e ICMBio, 2014). Essas classificações servem de parâmetro para o desenvolvimento de estratégias essenciais para os programas de conservação.
*Estagiário sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa