Segundo dados divulgados em comunicado do Ministério da Saúde de Gaza na última segunda-feira (6/11), o número de mortos no confronto iniciado em outubro entre Israel e o Hamas é de 10.022 palestinos, sendo 4104 crianças. Em Belo Horizonte, o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino foi criado em solidariedade aos palestinos que sofrem com o massacre. "Não chamamos isso de guerra. É um massacre. É um ataque de um dos exércitos mais preparados e armados do mundo, com o apoio dos Estados Unidos, a um povo que sequer tem direito a água e energia elétrica", diz um dos coordenadores do comitê, Felipe Castanheira.

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A fim de denunciar o que Israel está fazendo com os palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, também se solidarizando com a luta e a combatividade deste povo, o comitê está entre as mais de 50 organizações que promoveram, na manhã deste sábado (11/11), uma mobilização no Centro da capital.



Convocadas por partidos, sindicatos, organizações políticas e estudantis, mais de 500 pessoas participaram do ato. Carregando faixas, cartazes, a bandeira da Palestina e entoando palavras de ordem, pedindo o cessar-fogo e o fim do bloqueio a Gaza, o grupo saiu da Praça Raul Soares até o pirulito da Praça Sete. A mobilização compõe uma jornada de manifestações populares que vêm ocorrendo ao redor do mundo com o mesmo objetivo - apoiar os palestinos que, há mais de um mês, são impactados com a intensificação dos ataques do Estado sionista de Israel.

Os números, somados aos ataques a hospitais, comboios de ambulâncias, instituições de ensino, bem como o corte de eletricidade, fornecimento de alimentos e materiais básicos para sobrevivência, segundo os manifestantes, qualificam as operações sionistas como um genocídio. O que, conforme o comitê, se confirma pelas falas de ministros israelenses, como aquela em que Amichai Eliyahu, Ministro de Jerusalém e Assuntos da Diáspora de Israel, coloca o uso de uma arma nuclear como opção.

Grupo com mais de 500 pessoas pede o fim da violência de Israel contra os palestinos

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Diante de tanta violência, o comitê, segundo Felipe Castanheira, também exige que, a exemplo de outros países, como a Bolívia, o Brasil rompa as relações diplomáticas comerciais com o governo israelense. "No campo do comércio, o principal material que Israel envia para o Brasil são armas, usadas na repressão ao povo negro e trabalhadores das favelas brasileiras", diz.

A mobilização compõe uma jornada de manifestações populares que vêm ocorrendo ao redor do mundo com o mesmo objetivo

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Em texto de divulgação, o comitê declara ainda que, "por fim, é importante dar foco também a todo o suporte estadunidense ao genocídio operado pelos sionistas. O país norte americano tem em Israel um defensor de seus próprios interesses no Oriente Médio, território notadamente conhecido por sua riqueza em petróleo, e vem utilizando seu poder na ONU para barrar todas as tentativas de cessar-fogo propostas no conselho da entidade, inclusive aquela levada pelo Brasil."

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