A Justiça mineira decidiu suspender, de maneira temporária, o processo contra Anderson Barbosa de Siqueira, acusado de matar o estudante de Turismo Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, de 26 anos, no início de agosto, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A paralisação do caso acontece depois que a defesa do homem alegou insanidade mental nos autos. O documento foi assinado nesta segunda-feira (20/11).
Em sua decisão, a juíza Fernanda Chaves Carreira Machado, da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri da Comarca de Ribeirão das Neves, decidiu que o réu deverá passar por exames médicos para constatação, ou não, da insanidade mental. No documento, a magistrada questiona se em decorrência das condições mentais, colocadas por sua defesa, o ex-policial penal seria “inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato”.
Gabriel foi alvejado na porta de casa. Momentos antes ele teria atropelado o cachorro do acusado, que teria atravessado de supetão em frente ao seu carro. Na época do crime, a perícia da Polícia Civil recolheu dez cápsulas de arma de fogo.
Em agosto, o advogado de Anderson afirmou que o cliente tinha uma grande afinidade com o cão. Desde o dia do crime, o defensor alega que o crime foi cometido durante um surto psicótico, e que o ex-policial penal possui distúrbio psiquiátrico.
Desde o dia 22 de agosto, Anderson está detido no Presídio de Jaboticatubas, também na Grande BH.
Relembre o crime
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime ocorreu no Bairro São Pedro, em Ribeirão das Neves. Gabriel estava dentro de um Volkswagen Fox, junto de sua tia e seu primo, que dirigia, quando na altura da Rua José Cassimiro Nogueira, o condutor do veículo afirmou que teria atropelado um cachorro que entrou repentinamente pela rua.
Os três voltaram para casa, quando em determinado momento um motociclista se aproximou da residência perguntando quem teria atropelado o animal. Antes mesmo de receber uma resposta, o homem disparou. À polícia, a tia da vítima relatou que estava tomando banho quando ouviu os disparos e os gritos de socorro do sobrinho.
Gabriel foi levado para o Hospital São Judas Tadeu, mas morreu durante a cirurgia. Depois de atirar, o suspeito fugiu em direção ao Centro de Ribeirão das Neves. Ele foi identificado e preso 14 dias depois do crime.