O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou nesta quarta-feira (22/11) que denunciou Tiago Dalpério, prefeito de Tombos, na Zona da Mata mineira, por homicídio culposo na direção de veículo automotor. A funcionária pública Bianca Maria Almeida Florindo, de 28 anos, morreu após ser atropelada pelo chefe do Executivo municipal na noite de 1º de fevereiro, na RJ-220, entre Porciúncula e Natividade, no estado do Rio de Janeiro, conforme registro da Polícia Militar.

Para o MPMG, Dalpério, que estava em veículo oficial do município, foi imprudente e estava “desatento e em velocidade incompatível para a situação e local”. “Logo em seguida ao atropelamento, com total descaso e num ato desumano, o denunciado não parou para prestar socorro à vítima, mesmo não havendo qualquer risco pessoal, e fugiu do local buscando ficar impune”, narra a denúncia.



Conforme relatado no boletim de ocorrência, policiais do 29° Batalhão da PMERJ faziam patrulhamento na RJ-220, quando se depararam com Bianca e a moto dela no chão. Os militares desocuparam a viatura para, posteriormente, retirar a mulher do solo e prestar atendimento. Enquanto conversavam com ela, “veio um veículo em alta velocidade e a atropelou, tomando sentido a Porciúncula”.

Ainda segundo a Polícia Militar, “o fato aconteceu tão rápido”, e de forma “inesperada”, “que a guarnição também quase foi atropelada”. Bianca foi socorrida pelas autoridades, mas morreu pouco depois de chegar ao hospital.

Bianca Maria Almeida Florindo era funcionária da Prefeitura de Porciúncula e exercia o cargo de inspetora de alunos na Escola Municipal João Braz desde 2022. Ela deixou uma filha de 4 anos.

À época, o prefeito emitiu um comunicado nas redes sociais destacando que “imediatamente após tomar conhecimento acerca dos fatos, se apresentou espontaneamente perante a autoridade policial competente e prestou esclarecimento sobre os mesmos”.

Na noite do atropelamento, Tiago Dalpério seguiu para a Câmara Municipal com o objetivo de participar de uma reunião, que foi transmitida ao vivo em uma rede social do Legislativo. Na ocasião, ele agradeceu a Deus pela oportunidade de estar ali, destacou obras na cidade, entre outros pontos. “Que tipo de pessoa mata a outra atropelada e depois vai para uma reunião como se nada tivesse acontecido? Ele é frio e psicopata”, afirmou, na ocasião, Neusa Castro Almeida Florindo, mãe da vítima, em entrevista ao Estado de Minas.

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