A mãe de um bebê de um ano e um mês, que morreu depois de sofrer uma suposta convulsão porque, segundo ela, teria tomado um medicamento chamado Cefalexina para uma infecção de ouvido, registrou um boletim de ocorrência denunciando a demora de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel com Urgência (Samu). O fato aconteceu em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Neste contexto, o filho da mulher precisou ser levado ao Hospital da Criança de Uberaba, na noite desta terça-feira (28/11), em carro particular. A ocorrência foi registrada pela PM como "outras ações, defesa social - óbito de criança em hospital" A Prefeitura de Uberaba declarou que lamenta a morte do bebê e que o caso está sendo apurado pela Secretária Municipal de Saúde.
Consta no registro policial que os vizinhos da mãe do bebê prestaram apoio desde o início da suposta convulsão dele, acionando equipe do Samu.
Inicialmente, a atendente teria relatado que deslocaria uma ambulância para a casa da família. Mas, após alguns minutos, a viatura não chegou. Então, um dos vizinhos da mãe do bebê teria retornado a ligação para o Samu e a atendente teria dito que a ambulância demoraria chegar ao local. Desta forma, a criança foi levada ao hospital em carro particular de um dos vizinhos da família.
Chegando ao hospital, o bebê foi atendido de imediato, quando médicos tentaram reanimá-lo, porém, sem sucesso. Alguns minutos depois o óbito foi divulgado pela equipe médica do Hospital da Criança.
A médica que atendeu a criança relatou que foi acionada na sala de urgência por volta das 18h50, quando se deparou com o bebê desacordado, levemente enrijecido, com pupilas dilatadas e ausência de pulso. A médica também contou que foi realizado eletrocardiograma às 19h05 sendo, então, constatado ausência de atividade elétrica cardíaca.
Atendimento médico na parte da manhã
A mulher também relatou aos policiais que na parte da manhã, por volta das 10h, do mesmo dia do falecimento do seu filho, ela o levou ao Hospital da Criança de Uberaba. O bebê apresentava uma secreção no ouvido, além de diarreia e vômito.
Ainda conforme relato da mulher, na consulta com um médico, ele examinou apenas os ouvidos da criança e receitou Cefalexina, dando alta em seguida.
“O médico não solicitou nenhum outro exame. Quando retornei para casa com o meu filho, por volta das 18h, dei o medicamento e aproximadamente 20 minutos depois, ele começou a balançar a cabeça e ficou com o corpo mole”, relatou a mulher no registro policial.
A mãe da criança concluiu o seu relato à PM dizendo que, durante a gravidez, realizou o Pré-natal corretamente e que desconhecia qualquer enfermidade do filho. Ainda segundo ela, ele nunca havia sofrido convulsões ou outras doenças graves.