Um homem de 26 anos foi preso em Oliveira, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, após confessar ter matado o próprio pai e, depois, tê-lo enterrado com o auxílio de uma retroescavadeira.

O crime ocorreu após uma briga familiar na sexta-feira (24/11), que envolveu o pai, de 61 anos, e a mãe do homem. Durante a briga, ele teria atingido o pai no pescoço com uma faca, diz a Polícia Civil.

 



No dia seguinte, o pai foi dado como desaparecido, e o filho chegou a fazer apelos para encontrá-lo, relatou o delegado Flávio Braga. "Ele a todo momento implorava que terceiros ajudassem a localizar o pai dele, pedia ajuda de todas as pessoas", afirmou.

O corpo da vítima foi encontrado no domingo (26/11), enterrado em uma cova com 1,5 m de profundidade feita com uma retroescavadeira, relatou o delegado.

Informações de que havia ocorrido uma grande briga na casa da família levaram a polícia a desconfiar do filho. A análise contou com câmeras de monitoramento na rua.

O filho confessou o crime na segunda-feira (27/11), quando compareceu à delegacia com um advogado. Ele está preso preventivamente após pedido da polícia ao Judiciário, que acatou.

Agora, a polícia investiga se ele agiu sozinho tanto no homicídio quanto na ocultação de cadáver, os dois crimes pelos quais é investigado. Na casa da família, os policiais civis apreenderam dois aparelhos celulares e uma caminhonete, "que teria sido usada para o transporte do corpo até o local da desova", diz a corporação.

Defesa se manifesta

Em nota, os advogados Geraldo Lucas Andrade Dias e Marcos Alexandre Oliveira, que defendem Lucas Vinícius Mendonça e Maria Clara Mendonça, presos preventiva e temporariamente, respectivamente, pelo homicídio de Nivaldo Mendonça, ressalta que "o caso se trata de uma tragédia familiar".

"Maria Clara sofreu, por mais de 10 anos, agressões físicas, tortura psicológicas e violência patrimonial do marido. Ao constatar que a mãe estava apanhando novamente, Lucas Mendonça desferiu um golpe fatal contra o pai. Lucas procurou a polícia e se entregou, no último dia 27. A família, conhecida em Oliveira pela sua boa reputação e religiosidade, se encontra despedaçada emocionalmente."

A defesa também ressalta que o pedido de prisão temporária de Maria Clara é arbitrária e sem nenhum fundamento legal e/ou fático. Trata-se de uma mulher de 57 anos, com problemas hipertensão arterial e que nunca deixou de prestar esclarecimentos às autoridades.

A defesa também relata a preocupação com o estado de saúde mental do cliente que tem pânico, depressão e ansiedade diagnosticados desde a infância e todos os sintomas estão acentuados depois da tragédia.

 

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