Você sabia que o primeiro museu público de moda do Brasil é belo-horizontino? Localizado no número 1.149 da Rua da Bahia, no Centro da capital, o Museu da Moda de Belo Horizonte (Mumo) foi inaugurado em 2016 e é um dos pontos mais icônicos da capital mineira. A construção imponente que o abriga chama atenção pelas luzes do interior, filtradas pelo vitral vermelho e azul, e pela iluminação externa, que formam uma bela vista na sacada do Edifício Malletta durante a noite.
Inaugurado em 1914, o prédio foi projetado pelo arquiteto Francisco Isidro Monteiro, membro da Comissão Construtora da Nova Capital, que decidiu subverter o uso da construção gótica, normalmente vista em instituições religiosas, para a utilização pública. Não é à toa que, até hoje, é possível ver alguns desavisados que passeiam pelo Centro fazendo o sinal de cruz ao passar pelo edifício.
Apesar da confusão, o “Castelinho da Bahia”, como também é conhecido, nunca funcionou como instituição religiosa, mas já teve diversas funções ao longo dos anos. O edifício, tombado pelo patrimônio cultural nas esferas estadual e municipal, foi construído primeiramente para abrigar o Conselho Deliberativo da Capital, o primeiro órgão legislativo do município, e a primeira Biblioteca Pública Municipal.
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Mais tarde, o espaço foi sede da primeira rádio de Belo Horizonte, do Instituto Histórico-Geográfico de Minas Gerais, das sessões da Academia Mineira de Letras e da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os primeiros passos para a criação do Mumo foram dados em 2012, com o estabelecimento do Centro de Referência da Moda (CRModa) pela Fundação Municipal de Cultura. A iniciativa serviu de base para a criação do Museu da Moda de Belo Horizonte, que foi inaugurado em 6 de dezembro de 2016 e chega ao seu sétimo ano de vida.
Hoje o equipamento cultural atua com a missão de “preservar, pesquisar e difundir acervos referentes à moda na capital mineira, em suas múltiplas facetas, dialogando com a contemporaneidade e estimulando o pensamento critíco”.
Com o foco em ampliar a pesquisa, conservação e memória de moda e comportamento, o espaço conta com três áreas de exposições, biblioteca municipal, café, teatro e uma sala de oficinas e eventos. Além da realização de mostras de acervo, são promovidas atividades como debates, rodas de leitura e apresentações artísticas e culturais.
O museu está prestes a receber uma nova exposição em dezembro e a programação, assim como a visita virtual ao espaço, podem ser conferidas em www.portalbelohorizonte.com.br.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho