Belo Horizonte é a capital com maior frequência escolar líquida para estudantes entre 6 e 14 anos no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (6/12). Os dados, que foram coletados em 2022, medem seguindo a etapa adequada à faixa etária.
O levantamento aponta que 97,9% dos jovens belo-horizontinos de 6 a 14 anos de idade frequentam o ensino fundamental dentro da etapa adequada para a faixa etária. Os números são melhores que a média nacional, que é de 95,2%.
Entre os estudantes de 11 a 14 anos nos anos finais do ensino fundamental, o número cai para 95,8%, mas mantém a cidade na liderança nacional.
Os números são relativos à frequência escolar líquida, ou seja, quando os alunos estão matriculados ou concluíram a etapa de ensino dentro da faixa etária adequada. A taxa de frequência escolar bruta leva em consideração que a pessoa esteja na escola, independente de estar ou não de acordo com o cronograma correto. Neste segundo índice, BH e Vitória são as únicas capitais com 100% dos jovens entre 6 e 14 anos nas escolas.
A capital mineira é seguida por Vitória, com 97,8% e por Macapá, com 97,6%. Os piores colocados no estudo foram Boa Vista (RR), com 90,3%; Porto Velho (RO), 91,1% e Recife (PE), com 91,3% de frequência líquida.
Apesar de liderar no quesito, BH registrou dados piores que no levantamento anterior, realizado em 2019, que registrou 99,7%. Em 2020 e 2021 não foram feitas pesquisas sobre o tema.
Ainda neste critério, o estudo fez um levantamento também dos estados. Minas Gerais aparece em terceiro lugar, entre alunos de 6 e 14 anos de idade, com 96,5%, apenas atrás de Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, empatados com 96,9%.
Já entre jovens de 15 a 17 anos de idade, que estão no ensino médio, o número em Belo Horizonte tem uma queda para 83,5%, o que a coloca como a sexta capital em frequência.
O ensino superior, entre os que têm entre 18 e 24 anos de idade, registrou 37% em Belo Horizonte, número superior a média de Minas Gerais que foi de 22% mas apenas melhor que a capital do Rio de Janeiro na região Sudeste, que teve 34,4% de frequência.
A Síntese de Indicadores Sociais reúne dados obtidos através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e do Sistema de Contas Nacionais do Brasil (SCN), ambos sob responsabilidade do IBGE. O levantamento também conta com fontes externas como o Censo Escolar da Educação Básica; o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), vinculado ao Ministério da Educação.