A equipe que trabalhou nas apurações, o inspetor Leonardo Fraga Souza, delegada Cristiana Angelina, delegado Adriano Assunção, delegado Arthur Martins da Costa -  (crédito: Jair Amaral/EM/D. A. Press)

A equipe que trabalhou nas apurações, o inspetor Leonardo Fraga Souza, delegada Cristiana Angelina, delegado Adriano Assunção, delegado Arthur Martins da Costa

crédito: Jair Amaral/EM/D. A. Press

 

Um crime em Pretória, na África do Sul, em janeiro deste ano, tem consequências em Minas Gerais: o de exploração sexual pela internet. Como consequência das investigações feitas pela Polícia Civil, por meio do Departamento de Combate à Corrupção e Fraudes em Crimes Cibernéticos, duas pessoas foram presas, dois homens, de 45 e 51 anos, além do cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão.

Segundo a delegada Cristiana Angelini, foi montada a Operação Bad Vibes, a partir de uma solicitação feita pela Homeland Security Investigation (HSI), que faz parte da Polícia Federal dos EUA. “Essa operação ocorreu em todo o Brasil”.

Leia também: Polícia ainda não tem pistas do assassinato de vereador

Foram detectados, segundo a delegada, autores do crime de comercialização de cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes, em 10 cidades mineiras: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Araxá, Cuparaque, Ipatinga, Congonhas, Pirapora, Lagoa Santa, João Pinheiro e Montes Claros.

“As duas prisões foram feitas em João Pinheiro, o homem de 45 anos, e Montes Claros, o de 51. Com eles, em seus notebooks foram encontradas fotos e vídeos com conteúdo pornográfico. Eles foram presos pelos crimes de armazenar e comercializar vídeos, inclusive com crianças”, diz a delegada.

Um aplicativo para comercializar esse tipo de conteúdo foi detectado, segundo a delegada Angelini. “Aqui no Brasil, por enquanto, chegamos a pessoas que estão comercializando, mas estamos investigando sobre a possibilidade da produção de vídeos”.

A comercialização, aliás, acontece internacionalmente, a partir dos criminosos mineiros. E um dos presos era o administrador do site pornográfico.

A expectativa, segundo a delegada, agora, é identificar usuários e quem ainda comercializa esse tipo de conteúdo. “Queremos, também, identificar vítimas, as crianças e adolescentes. Assim que isso acontecer, vamos entrar em contato com os pais, para instruí-los no combate à pornografia na internet”.