Os casos de assédio de servidoras da Policia Civil voltaram a ser pauta em uma audiência pública na Assembleia Legislativa (ALMG) na manhã desta sexta-feira (15/12).
O pedido para a reunião foi feito após o caso da delegada Monah Zein, que atirou contra policiais no apartamento dela. A policial havia denunciado ter sido vítima de assedio na corporação.
"O governo deve explicações à sociedade. Não pode a policia ser um ambiente hostil às mulheres, o adoecimento e os assédios matam. Precisamos dar sequência nas cobranças e nas investigações", disse a deputada Beatriz Cerqueira (PT).
O crescimento do número de denúncias aconteceu depois do caso da escrivã Rafaela Drummond, encontrada morta na casa dos pais dela. Muitas pessoas ligadas aos servidores dizem que o caso é apenas a "ponta do iceberg" do que vem ocorrendo na instituição.
"O aumento nas denúncias significa que a corporação não está tomando as medidas necessárias. Um aumento de dois psicólogos não é um balanço bom. Eles não detalharam o que estão fazendo, isso é uma tentativa de blindagem", completou a deputada.
A história da escrivã já havia pautado uma reunião na ALMG em julho. Nela, o deputado Professor Cleiton (PV) solicitou a aprovação de um Projeto de Lei Complementar (PLC), com medidas de combate ao assédio moral no serviço público no Estado.
O texto foi considerado constitucional na Comissão de Constituição e Justiça e aguarda parecer da Comissão de Administração Pública.
Presentes na audiência representantes da Policia Civil, dos sindicatos dos servidores e servidores que denunciam terem sido vítimas de assédio.