Um dos principais cartões-postais da capital mineira, a Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul, entra ainda mais no foco do belo-horizontinos visitantes com a chegada do mês de dezembro, que vem acompanhado das luzes e decorações natalinas. Apesar de a tradição já durar anos, nem sempre o espaço concentrou a magia do natal e por muito tempo foi pacato. Não havia prédios altos ao seu redor nem o movimento de centenas de carros e pessoas por dia.



A construção da praça que hoje é considerada como uma das mais importantes da cidade foi iniciada na época da fundação da nova capital, entre 1895 e 1897. O principal objetivo era abrigar a sede do Poder Executivo mineiro e as secretarias, recebendo ao longo dos anos construções em diversos estilos. Entre 1950 e 1960, o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, ambos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foram incorporados.

Em 1980, foi inaugurado o prédio conhecido como Rainha da Sucata, em estilo pós-moderno. O conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade, que inclui a praça e as fachadas das edificações no entorno, foi tombado em 1977 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Um dos prédios abriga o Museu das Minas e do Metal, antiga Secretaria do Interior e da Educação.

A Praça da Liberdade foi um dos pontos de partida para um importante avanço da capital mineira e recebeu o primeiro semáforo de Belo Horizonte, em 1929, que ainda funciona e se localiza entre a Praça e a Avenida João Pinheiro. Na época chamado de pisca-pisca, o equipamento tem quatro lados, mas as luzes funcionam apenas em duas direções.

Apesar da construção da Cidade Administrativa, em 2010, e da transferência dos órgãos estaduais, a Praça da Liberdade não se tornou obsoleta. Seu entorno foi transformado em Circuito Cultural, formado por espaços que integram arte, cultura, conhecimento e entretenimento. O circuito é composto por 14 instituições, entre museus, centros culturais e de formação, que mapeiam diferentes aspectos do universo cultural e artístico e é gerido pelo Iepha/MG desde 2015.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho

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