Uma escola de samba de Belo Horizonte está promovendo um concurso de samba-enredo, em que o vencedor irá ganhar R$ 3 mil, uma placa e terá a música tocada no Carnaval de 2024. Além do concurso, o evento terá a participação do Chef Rocco, bem conhecido na gastronomia da capital, que irá fazer um tropeiro ao vivo para as pessoas presentes em uma feira de artesanato de uma comunidade quilombola da Grande BH.

Para os interessados, o concurso, organizado pela escola de samba Triunfo Barroco, acontece neste próximo domingo (10/12), das 13h às 19h, na Rua Juscelino Barbosa, nº 30, Calafate, Região Oeste da capital mineira. A entrada é gratuita.




“A gente resolveu fazer um concurso de samba-enredo para fortalecer a cena autoral de Belo Horizonte e estimular os compositores a compor, que é tão importante para cultura, sendo um ato sagrado”, ressalta o gestor principal da escola Triunfo Barroco, Alvimar Neri.

Entre os quatro concorrentes estão os compositores: Waltinho e Pirulito da Vila, Mônica Negona e Odmar do Banjo, Gugu de Souza e Samir Trindade. Alvimar explica como vai funcionar o concurso.

“O compositor faz o samba em cima da sinopse que encaminhamos mês passado para eles. Eles tiveram esse tempo para compor e apresentar o samba e agora, a escola monta um corpo de jurados de cinco pessoas que vão eleger o samba que esteja mais dentro do que a escola solicitou aos compositores”, afirma.

Alvimar explica que o samba vencedor será gravado e vai entoar o desfile de apresentação da escola no Carnaval de 2024 em BH, que levará para a avenida o enredo intitulado: ‘Dos quilombos, das tribos, dos quintais aos salões: cozinha mineira, o elo da mineiridade’.

A ideia é passear na história do Triunfo Barroco e desvendar os mistérios da culinária Mineira através de sua miscigenação de temperos e os costumes que levaram os pratos típicos das Gerais se tornarem um dos mais apetitosos e famosos na gastronomia mundial.

“Trata-se de um segredo que envolve relações interpessoais e costumes que levam a tradição da cozinha mineira além do forno e do fogão. Dos quilombos de resistência dos escravos, ao forno de barro indígena, até à sofisticada cozinha dos salões, sentimentos e rituais são demonstrados dentro destes ambientes através dos tempos, criando relações e situações que vão além do livro de receitas”, termina Alvimar.

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