Os “rolezinhos no grau” viraram um tormento “tradicional” de fim de ano em Minas Gerais. Desde o domingo (24/12), até este sábado (30/12), 3.900 motocicletas foram apreendidas e 900 pessoas conduzidas em todo o estado. Diante desse cenário, a Polícia Militar montou uma força-tarefa para inibir ações futuras. O foco da corporação é reforçar as operações preventivas para que o ano-novo seja mais tranquilo e seguro.

Em Belo Horizonte, as ocorrências foram registradas principalmente em vias expressas de acesso e grandes avenidas dentro de bairros. Por isso, com base em informações levantadas pelo setor de inteligência, operações de fiscalização serão montadas em pontos já conhecidos como favoritos dos “rolezeiros”. Além disso, o combate será feito “em pé de igualdade”, pelos policiais que atuam no serviço de policiamento com motocicletas.



Além de interferirem com a dinâmica do trânsito e violarem o Código Brasileiro de Trânsito, os “rolezinhos no grau” ou “rangangan” também colocam em risco pilotos, pedestres e outros motoristas. Sem contar que o barulho provocado pelas alterações nos veículos tiram o sossego de quem não está na rua.

Força-tarefa

Em entrevista ao Estado de Minas, a porta-voz da PMMG, Major Layla Brunella, explica que entre as estratégias planejadas pela corporação no combate aos rolezinhos estão a intensificação de blitz, ações educativas e preventivas. Para a major, a expectativa é que a virada de ano seja mais tranquila, quando comparada a noite de Natal, uma vez que com as apreensões e encaminhamentos realizados ao longo da semana também atuaram de forma preventiva e educativa.

“Essa ação preventiva permanece até o dia 31, quando terá uma intensificação da operação. Vamos unificar os portfólios de serviço das motos da corporação com o lançamento de policiais do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), das bases comunitárias, do Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar), entre muitos outros. Serão todos unificados para atender especificamente a essas demandas, tanto para antecipar as infrações com o serviço de inteligência, e para termos uma resposta imediata a ser dada por nossos motociclista”, informou a porta-voz.

Para além das ações de prevenção e fiscalização promovidas pela Polícia Militar, a major Layla Brunella afirma que a participação da população é importante para coibir as ocorrências. Para denunciar eventos de “rolezinho” que possam acontecer, qualquer pessoa pode ligar no telefone 181. As informações passadas serão entregues ao órgão de inteligência da corporação que irá atuar de maneira preventiva. Já para as denúncias de crimes que já estejam acontecendo, o indicado é acionar a corporação via 190, onde guarnições serão encaminhadas ao local do fato.

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