Da esquerda para a direita: Gustavo e Kátia, em cima; Nicolas e Tiago, embaixo -  (crédito: Redes sociais)

Da esquerda para a direita: Gustavo e Kátia, em cima; Nicolas e Tiago, embaixo

crédito: Redes sociais

As presenças em Santa Catarina de Gustavo Pereira Silveiras Elias, de 24 anos; Karla Aparecida dos Santos, 19; Nicolas Oliveira Kovalrski, 16; e Tiago de Lima Ribeiro, 21; tinham um motivo: realizar um sonho.

Os quatro jovens que morreram, na manhã desta segunda-feira, no estacionamento da rodoviária de Balneário Camboriú, buscavam trabalho no estado do sul do país.

A ideia partiu de Gustavo, que era influencer e empreendedor no Instagram. Ele tinha como atividade, a realização de rifas digitais e tinha muitos seguidores.

Profissional da área de vendas, ele sondou mercados onde poderia fazer um investimento e detectou que o lugar ideal seria Florianópolis, que era para onde seguiram, ainda ontem.

Karla, Nicolas e Tiago foram para Santa Catarina, junto com o amigo Gustavo, para trabalhar na empresa que estava sendo montada. A única sobrevivente, a mulher que chegou na noite de 31 de dezembro a Balneário Camboriú, era a namorada de Gustavo e se juntaria ao grupo na empreitada.

O carro em que estavam – o BMW, placa RTK2B24, de Paracatu, ano 2022 – tinha sido comprado por Gustavo de uma amiga, mas ainda não tinha sido transferido para seu nome.

Familiares das quatro vítimas se juntaram nesta segunda-feira e decidiram ir a Florianópolis, onde estão os corpos, no Instituto Médico Legal (IML). Devem viajar, no mais tardar, nesta terça-feira.

Depoimento

Mais detalhes do depoimento da namorada de Gustavo, a sobrevivente, foram revelados pelo delegado Bruno Effori.

Ela disse que Gustavo chegou a ter uma melhora e foi até o banheiro da rodoviária. Ao retornar, disse à namorada que estava se sentindo melhor, e que iria descansar no carro.

Era ainda de madrugada, estava escuro. Por diversas vezes, segundo ela, que ficou do lado de fora do BMW, foi até o veículo para verificar como o namorado estava. Numa dessas vezes, por volta de 7h30, percebeu que Gustavo não respirava e sangrava pela boca. Olhou em volta e percebeu que os outros três amigos também tinham o mesmo tipo de sangramento, quando decidiu pedir ajuda, chamando o Samu e o Corpo de Bombeiros.

Ela confirmou que o namorado morava em Balneário Camboriú, mas que já havia decidido se mudar para Florianópolis.

Um outro detalhe do depoimento também passa a ser investigado, pois segundo a mulher, o namorado e os três amigos tinham consumido cachorro-quente na praia. Karla, segundo ela, estaria em pior situação que os demais.