Desde as primeiras horas do sábado (6/1), um banco do Hospital do Pronto Socorro João XXIII (HPS) se tornou a casa de Ana Clara, a mulher do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, que, na madrugada daquele mesmo dia, levou dois tiros na cabeça e um na perna, atingindo sua veia femoral, dado por um criminoso que era perseguido por ele, Welbert Souza Fernandes, de 26, que está preso.
“Os médicos pediram que eu estivesse aqui, para qualquer decisão que tivesse que ser tomada”, diz Ana Clara, que está inconsolável. Ela está sempre acompanhada da mãe, de parentes e amigos do policial.
“Olha, nem sei o que pensar. Confesso que não sei descrever o que passa na minha cabeça. Só fico pensando no Roger”, completa ela.
Ana também publicou um recado sobre o sargento, direcionada a amigos da família, falando que ele está vivo e lutando pela vida. São palavras de esperança.
Roger mora com a mulher e a filha, de cinco meses, na Região do Bairro Aarão Reis, onde foi baleado. Os vizinhos estão inconformados com o ocorrido. Um deles fala da amizade e do carinho que Roger tem com todos e que também é um amante dos animais. “Ele ficou de trazer, pra minha casa, o cachorrinho dele, para cruzar com a minha cadela”, diz Gilberto, que é vizinho.
“Ele também é amigo dos meus cunhados. Todos são da Polícia Militar. Somos um grupo de amigos, que sempre está junto”, diz ele.
O quadro do sargento Roger, segundo a porta-voz da PM, major Layla Brunella, segue inalterado. Roger está no CTI do HPS, entubado. Não houve, desde sábado, nenhuma alteração no estado de saúde, que permanece gravíssimo.