Esquina da rua Armindo Chaves com a rua Catete, no bairro Barroca  -  (crédito: Laura Scardua)

Esquina da rua Armindo Chaves com a rua Catete, no bairro Barroca

crédito: Laura Scardua

Localizados na Região Oeste de Belo Horizonte, os bairros Barroca e Alto Barroca foram cenário de, no mínimo, dois roubos e um furto nos últimos 15 dias. Os três crimes ocorreram em dias diferentes, por volta das 8h, nas ruas Rio Negro, Armindo Chaves e Camapuan. 

Loja roubada

O primeiro roubo aconteceu na quinta-feira (4/1) em uma loja de roupas na Rua Rio Negro, próximo à Avenida Amazonas. Marli Alves, uma das donas do comércio, conta que a irmã, Danielle, tinha acabado de abrir o estabelecimento, às 8h35, quando um homem entrou e a abordou.

O suspeito não estava armado. Danielle, também dona da loja, estava sozinha e se desesperou ao reconhecer o bandido. Segundo Marli, a irmã percebeu que era a mesma pessoa que havia assaltado o estabelecimento em outubro de 2023. Ele empurrou Danielle de forma violenta até os fundos da loja. A mulher gritou e tentou resistir ao ataque físico. 

Os vídeos de segurança mostram o suspeito empurrando a lojista para dentro do banheiro nos fundos da loja. Marli afirma que Danielle foi jogada no chão e enforcada pelo homem.

 

 

“Alguma coisa tem que ser feita nesse bairro”, diz Marli. A lojista conta que os comerciantes e moradores da região ‘mal estão conseguindo respirar’ com o medo de furto e assalto. O suspeito que roubou a loja usava boné, camisa polo social e cobria o rosto com uma máscara cirúrgica branca. Gravações de câmeras de segurança mostram o homem aguardando na esquina da rua a chegada da lojista.

 

Após coagir verbalmente e fisicamente Danielle, o sujeito abriu a gaveta do móvel que fica na parte da frente da loja e encontrou uma câmera fotográfica que estava à venda. Marli conta que ela e a irmã não guardam dinheiro naquela gaveta desde a última vez que o homem invadiu a loja e levou de lá R$ 40.

 

Em seguida, a filmagem mostra o suspeito retirando manequins para desobstruir a porta e fechá-la, quando é pego de surpresa por Danielle gritando por socorro e correndo em sua direção, menos de um minuto depois de ser forçada a ficar no banheiro.

 

O homem parte para cima da lojista, que esbarra nas araras de roupa e cai no chão. Com a confusão, o sujeito foge. O celular da vendedora, que estava em cima do móvel, também foi levado, mas o assaltante deixou o aparelho cair quando estava correndo.

 

Depois do roubo, um amigo das donas da loja está sendo pago para vigiar a entrada do local e Danielle diz que planeja colocar portas de vidro para melhorar a segurança. “A gente precisa continuar trabalhando”, diz Marli Alves. 

Furto de celular

Na segunda-feira (9/1), também por volta das 8 da manhã, uma mulher teve o celular furtado por um homem que estava na garupa de uma motocicleta. O caso aconteceu na Rua Armindo Chaves, esquina com a Catete, e foi presenciado por Rosângela Miranda, moradora da região.

Rosângela conta que a senhora estava mexendo no celular, esperando para atravessar a rua, quando uma moto passou ao seu lado e o homem na garupa puxou o aparelho de sua mão.

Ao ser questionada sobre a ocorrência de casos de assaltos no bairro, a moradora do Barroca diz que sempre toma precauções. “Eu não atendo celular na rua, não levo o aparelho quando estou indo a pé para a ginástica, não abro o portão do prédio para ninguém”.  

Assalto a pedestre

Daniela Melo, moradora do bairro vizinho, o Alto Barroca, foi assaltada por um motociclista na Rua Camapuan a caminho do ponto de ônibus. O crime aconteceu na quarta-feira (10/1) por volta das 7h30.

Segundo Daniela, o homem que a assaltou “jogou a moto em cima do passeio e a encurralou". Em reflexo, a moradora fez movimento para fugir e o suspeito, que tinha uma mochila de aplicativo de entrega nas costas, a ameaçou com uma faca. A mulher não foi ferida.

O assaltante puxou e virou de ponta-cabeça a mochila de Daniela, pegando o celular que caiu no chão. O homem pediu também a aliança, mas a moradora conseguiu entregar o anel "baratinho" da outra mão.

O suspeito fugiu pela Rua Camapuan e subiu na contramão da Rua Catete. Daniela conta que faz o caminho nesse horário para pegar o ônibus de duas a três vezes por semana e que, depois do ocorrido, terá que tomar mais cuidado.

Foi solicitado contato com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para obter informações sobre policiamento na região. A reportagem aguarda retorno.