Os dois dias do Ensaio Geral de Blocos de Carnaval de Belo Horizonte levaram, aproximadamente, 200 mil pessoas para a Avenida dos Andradas, na Região Leste da capital. A estimativa foi divulgada pelo governo de Minas nesta segunda-feira (15/1).
O evento, feito para testar a nova sonorização da folia, foi bem avaliado por dirigentes dos principais blocos da cidade, no domingo (14/1). Lara Sousa, uma das fundadoras do bloco Truck do Desejo, avaliou que a estrutura traz ‘muita potência’ para o Carnaval de BH.
"É uma forma de tornar o som acessível por toda a avenida. Acho que esse projeto é muito positivo para a cidade, pensando em sua expansão para várias avenidas e ruas de BH", disse.
A produtora do Baianas Ozadas, Polly Paixão, avaliou que a festa está "avançando 10 anos em 1". "Finalmente, nossas baterias estão sendo ouvidas por todo mundo que está no desfile", disse.
Furtos e roubos
Os dias foram considerados de bons resultados para a segurança. No sábado, 25 celulares foram roubados. Enquanto no domingo, até as 20h, eram dois roubos e 10 furtos, também de smartphones. O número foi considerado inferior ao esperado pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), tendo em vista a grande escala da festa.
Apesar disso, uma confusão foi dispersada pela polícia com uso de spray de pimenta, mas o gás atingiu parte da bateria do bloco Truck do Desejo, que precisou paralisar o desfile para atendimento.
A situação causou um momento de tensão entre o bloco e a PM. Ao microfone do trio elétrico, a organização reclamou da forma como foi feita a abordagem. Apesar de alguns atendimentos por parte dos socorristas, segundo os militares, ninguém ficou gravemente ferido.
O Ensaio Geral foi viabilizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e contou com o investimento de R$ 2 milhões, via patrocínio da Cemig e Codemge. Segundo o governo de Minas, há estimativa de retorno de R$ 26 milhões à economia da capital mineira e foram gerados 2,1 mil empregos diretos e 3,8 mil indiretos durante o evento.