Último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nessa segunda-feira (22/1), confirmou a primeira morte por dengue neste ano no estado -  (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nessa segunda-feira (22/1), confirmou a primeira morte por dengue neste ano no estado

crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Prefeitura de Bom Despacho, no Centro-Oeste de Minas Gerais, informou nesta terça-feira (23/1) que a causa da morte de uma jovem de 19 anos no município está em investigação, sob suspeita de dengue. A cidade enfrenta um período de sazonalidade das arboviroses (grupo de doenças virais) transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. A Secretaria de Saúde diz que foram registradas mais de 250 notificações dessas arboviroses causadas pelo mosquito nos primeiros 15 dias do ano.

O Executivo municipal explica que as apurações em relação ao óbito acontecem porque “os exames previamente realizados não fecham diagnóstico de forma isolada”. “Até o momento, não se pode afirmar que a jovem morreu em decorrência da dengue”, diz a prefeitura, acrescentando que tem utilizado larvicida e providenciado bloqueios com inseticidas nos bairros com maior número de notificações, além de aplicar o ‘fumacê’ e promover campanhas e ações educativas.

“A Secretaria Municipal de Saúde orienta a população a buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em caso dos seguintes sintomas: febre alta acima dos 38°C; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; e manchas vermelhas no corpo”, finaliza o Executivo.

Primeira morte em MG

O último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nessa segunda-feira (22/1), confirmou a primeira morte por dengue neste ano no estado. A vítima é de Monte Belo, no Sul de Minas. O documento aponta ainda 11.490 casos confirmados para a doença e outros 32.316 prováveis no estado. Além disso, há 14 mortes em investigação.

Em relação à chikungunya, são 3.067 casos confirmados e 4.353 prováveis. O documento também aponta uma morte confirmada pela infecção viral em Sete Lagoas, na Região Central de Minas, e duas em investigação.

Porém, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou uma nota esclarecendo que “diferentemente do que foi divulgado no Boletim Epidemiológico das Arboviroses do dia 15/1/2024, o óbito por chikungunya no município de Sete Lagoas ainda está em investigação e não foi confirmado”.

Diante do cenário de alerta, municípios mineiros têm intensificado as ações de combate ao Aedes. Em Montes Claros, no Norte do estado, a prefeitura anunciou no último dia 17 a instalação em residências de 543 armadilhas com levedo de cerveja. As estruturas simulam um local propício para a colocação dos ovos do mosquito: no caso, um vaso de plantas com um pouco de água no fundo contendo o levedo, que acaba atraindo as fêmeas do mosquito. Cada armadilha cobre um raio de aproximadamente 300 metros.

Vale dizer que, em dezembro do ano passado, a SES-MG emitiu um alerta às secretarias de saúde dos municípios do Norte do estado para um possível aumento das notificações de dengue e chikungunya na região.

Agora, nesta terça-feira (23/1), O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, anunciou que o estado decretará emergência de saúde em decorrência das arboviroses a partir desta semana. “Estamos percebendo, desde outubro do ano passado, que a dengue está tendo um comportamento de ano epidêmico muito parecido com anos que consideramos mais graves, como 2016 e 2019, e até um pouco acima desses anos. Isso significa que teremos um valor total maior ou apenas um pico mais precoce, mas que definitivamente será um ano muito difícil”, declarou.