Há quatro anos, a família de um idoso, de 73 anos, estava à procura dele. A angústia terminou nesta semana, quando o homem foi encontrado. Ele estava em um asilo desativado em Uberaba, no Triângulo Mineiro, administrado por uma ex-funcionária, que mantinha outros seis idosos no local e ficava com dinheiro e cartões das vítimas, administrados por ela.
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A denúncia foi feita pela família do idoso ao promotor Eduardo Fantinati, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que começou a investigar o caso. As primeiras informações eram de que o idoso ficava numa clínica, que tinha sido fechada em 2020, por estar em situação irregular.
O promotor descobriu, então, que uma antiga funcionária ainda mantinha o local em funcionamento, de maneira clandestina.
Por determinação da Justiça, os idosos internos no asilo tiveram que ser transferidos para outra casa de acolhimento.
A mulher chegou a entrar em contato com cada família, informando que os idosos, em especial o homem de 73 anos, estavam bem, mas nunca informou o endereço para onde tinham sido levados.
Segundo o promotor, a ex-funcionária admitiu, inclusive, que administrava os bens dos idosos. Além disso, um empréstimo havia sido feito em nome do homem de 73 anos. Vários cartões, que tinham idosos como beneficiários, foram encontrados na casa.
Foi o promotor quem chamou a Polícia Militar (PM). A mulher foi presa, por maus-tratos e cárcere privado, sendo levada para a delegacia de plantão de Uberaba.
Ao ser interrogada, a mulher contou que apenas tomava conta dos idosos por ter um acordo com o antigo patrão, que devia dinheiro a ela, em função do acerto de contas pelo tempo que trabalhou no asilo. Esse homem também será investigado, de acordo com o promotor.