Delegado Leandro, que está á frente das investigações, disse que casos envolvendo mortes de crianças é sempre muito doído -  (crédito: Ivan Drummond/EM/D. A. Press)

Delegado Leandro, que está á frente das investigações, disse que casos envolvendo mortes de crianças é sempre muito doído

crédito: Ivan Drummond/EM/D. A. Press

 “O pior caso da minha vida.” A afirmação é do delegado Leandro Alves Santos, da Delegacia de Homicídios Leste, da Polícia Civil de Belo Horizonte, que apura o assassinato da menina Ana Luiza Gomes, de 12 anos, ocorrido no último dia 16, quando o corpo foi deixado na frente de uma casa no Bairro Bela Vista, região Noroeste. segundo a polícia, ela foi estuprada e morta por Davi Martins Santos, de 25 anos.

Segundo o delegado, a morte de uma criança é sempre muito doída, não só para os parentes da vítima, mas para toda a sociedade e nesta se inclui o policial, que tem de conviver com o fato até que o crime seja esclarecido.

“Pra mim foi muito difícil, principalmente porque tenho uma filha de 10 anos. Aí, ficava pensando nela o tempo todo, aliás, ainda penso. Sem querer, a gente imagina se fosse com a gente, com a nossa família.”

O delegado conta que os exames e investigações mostraram uma situação ainda mais inaceitável. “Os depoimentos tomados com pessoas do convívio de Ana Luiza permitiram traçar um perfil da menina. Ela era meiga, carinhosa, só ficava em casa, fazia um tratamento psiquiátrico e tinha um perfil infantil. Essa era a Ana Luiza, que morreu aos 12 anos”, disse Santos.

Os exames mostraram, segundo ele, que a menina era virgem e teve seu hímen rompido naquele dia. “Ou seja, ela foi abusada, levada por uma pessoa que tem em seu histórico o fato de gostar de jovens, meninas novinhas."