Cerca de 5,9 mil matrículas da rede estadual de ensino serão abrangidas pelo projeto. -  (crédito: CBMMG / Divulgação)

Cerca de 5,9 mil matrículas da rede estadual de ensino serão abrangidas pelo projeto.

crédito: CBMMG / Divulgação

As escolas cívico-militares (Ecim) de Minas Gerais terão gestão compartilhada com o Corpo de Bombeiros. Militares que irão atuar neste novo modelo participam, desta quarta (31/1) até sexta-feira (2/2), de uma capacitação para alinhar as diretrizes que serão implementadas. A atuação dos bombeiros nos colégios será ainda neste semestre letivo.

A ideia é que as tarefas dos bombeiros complementem as ações do corpo docente da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) nas escolas. Os dois órgãos farão parte da mesma equipe e atuarão em busca de ações para aprimorar as práticas educativas da escola na formação integral dos alunos.

As escolas estaduais que faziam parte do extinto Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) passam a ter, em 2024, a Política Educacional de Gestão Compartilhada das Escolas Cívico-Militares. O novo modelo foi anunciado pelo governo mineiro em julho de 2023.

Cerca de 5,9 mil matrículas da rede estadual de ensino serão abrangidas pelo projeto. As nove escolas do Ecim em Minas estão distribuídas nas regiões da capital e Região Metropolitana, Sul, Campo das Vertentes e Zona da Mata Mineira.

São elas: E.E. Assis Chateaubriand e E. E. Princesa Isabel, em Belo Horizonte; E. E. Padre José Maria de Man e E.E. Professora Lígia Maria Magalhães, em Contagem; E.E. dos Palmares, em Ibirité; E.E. Wenceslau Braz, em Itajubá; E.E. Cônego Osvaldo Lustosa, em São João de Rei; E.E. Olímpia de Brito, em Três Corações; e E.E. Governador Bias Fortes, em Santos Dumont.

As nove instituições devem reformular os Projetos Político Pedagógicos (PPP) e Regimentos Escolares, em conjunto com os bombeiros. Devem estar inclusas políticas de igualdade e inclusão, e os projetos devem ter ênfase na formação cidadã e ações cívico-pedagógicas.

Para isso, a SEE/MG irá disponibilizar um Especialista em Educação Básica (EEB) para atuar integralmente em cada escola, e o CBMMG cederá um bombeiro militar para cada instituição.

Modelo pedagógico

O novo modelo pedagógico tem como base o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG) e segue a estrutura e o funcionamento já estabelecidos pela Resolução SEE nº 4948/2024, que tem normas sobre o ensino nas escolas estaduais de Educação Básica.

“O modelo de gestão compartilhada nessas escolas está alinhado com o Programa de Convivência Democrática, criado com o objetivo de fortalecer as ações de prevenção à violência, do autocuidado, da educação em Direitos Humanos e do diálogo com a rede de proteção e comunidade escolar. A educação mineira só tem a ganhar com essa nova parceria”, diz o secretário de Estado de Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga.

Cultura

O Corpo de Bombeiros é reconhecido pela cultura de resiliência a desastres e experiência na prevenção contra acidentes. Com isso, irão capacitar estudantes, professores e servidores das escolas nas áreas de primeiros socorros, segurança contra incêndio e pânico, proteção e defesa civil.

O intuito é que os alunos aprendam sobre a importância da prevenção contra acidentes. Espera-se que os estudantes se tornem capazes de ampliar a percepção de risco e desenvolvam comportamentos preventivos, além de aprimorar a habilidade de resolução de conflitos.

“Os bombeiros militares estabelecem uma forte ligação entre a escola e a comunidade local, cultivando disciplina e responsabilidade social. Nossos projetos desenvolvem nos estudantes a capacidade de identificar situações de risco e adotar comportamentos preventivos e de autoproteção”, conta o coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, comandante-geral do CBMMG.