Previsto para acontecer entre os dias 9 e 13 de fevereiro, o carnaval de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais, foi cancelado devido às fortes chuvas que atingiram a região. De acordo com a prefeitura, a cidade registrou 200 milímetros em apenas três horas no dia 23 de janeiro.
Conceição do Mato Dentro está em situação de emergência, de acordo com o Decreto Nº 14, por um período de 90 dias, abrangendo as zonas rural e urbana.
Em comunicado oficial, o prefeito José Fernando Aparecido de Oliveira estabeleceu um critério de prioridade. Os temporais causaram diversos transtornos, como alagamentos e queda de pontes, além das famílias que se encontram desabrigadas. "Portanto, o momento é de solidariedade e assistência aos atingidos e muito trabalho na reconstrução dos pontos que necessitam de intervenção”, afirma.
Serão priorizadas ações para atender os atingidos, recuperar ruas, becos, vielas, bueiros, morros, sistemas de drenagem, desobstrução de acesso às áreas isoladas, remoção de moradores das áreas de risco, e realização de obras em caráter emergencial, com o objetivo de captar e dissipar as águas pluviais.
População questiona
Entre os 853 municípios mineiros, Conceição do Mato Dentro apresenta o sexto maior PIB anual (R$ 745.280.809,00), segundo dados do IBGE de 2023, o que simboliza uma arrecadação diária superior a R$ 2 milhões.
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No Instagram da prefeitura (@prefeituracmd) constam comentários como "Pela verba que arrecada anualmente poderia fazer um carnaval por mês que não fazia nem cócegas nas contas da prefeitura! O que desfalca as contas públicas são outras coisas que, com certeza, não vão ser cortadas!" e "O que adianta cancelar o Carnaval, sabendo que eles nunca resolvem os problemas da população", em alusão aos problemas permanentes de saneamento básico, irregularidades generalizadas de asfalto, obras de duração extensa e incompatíveis com o anunciado, segundo os populares, citados em diferentes páginas de lideranças comunitárias do município.
Relembre caso anterior
O mesmo município também cancelou, em 2022, shows milionários do cantor Gusttavo Lima e da dupla Bruno e Marrone.
O cancelamento foi feito um dia após a revelação de que o cachê destinado aos músicos (R$ 2,34 milhões), vinha de recursos que deveriam ser destinados à saúde e educação, em especial a obra inacabada - há seis anos - do hospital da cidade.