Uma customização no cano de escape da BMW onde estavam os quatro jovens mortos em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, pode ter levado as vítimas a serem intoxicadas por monóxido de carbono. Essa é a principal suspeita da Polícia Civil de Santa Catarina.

Os jovens, de 16, 19, 21 e 24 anos, são mineiros de Paracatu, no Noroeste mineiro, e foram encontrados dentro do veículo, no estacionamento da rodoviária da cidade, que fica no litoral norte do estado catarinense, na manhã desta segunda-feira (1/1).



O delegado Bruno Effori, responsável pela investigação, disse que o carro foi customizado recentemente, com uma alteração no cano de descarga, e que a perícia vai determinar se isso ocasionou a intoxicação.

“Segundo os familiares, houve uma customização do veículo no cano de escape. Vamos tentar fazer esse vínculo para apurar se a causa da morte é porventura da customização do veículo ocorrida dias atrás. O IML já descartou possibilidade de violência”, explicou.

Uma quinta pessoa, que estava no veículo e seria namorada de um deles, foi quem chamou o Corpo de Bombeiros e a polícia, pedindo ajuda. “Informações preliminares dao conta que houve um vazamento entre o motor e o painel do veículo, que causou intoxicação e asfixia das vítimas que estavam no carro. Uma fatalidade ocasionada por um defeito”, disse o delegado.

Em seu depoimento, a mulher sobrevivente contou que foi de Paracatu a Balneário Camboriú, de ônibus, para encontrar com os amigos e o namorado. O grupo de estudantes havia se mudado para Florianópolis em dezembro.

Eles combinaram de passar o Réveillon juntos, encontrando-se em Balneário Camboriú. Ela desembarcou cerca de duas horas antes e aguardou pelos amigos. Quando chegaram de carro, o grupo reclamou que estavam com ânsia de vômito e tontura. Eles ficaram por cerca de quatro horas dentro do veículo e com o ar condicionado ligado.

A mulher que sobreviveu saiu e voltou do carro, o que pode ter diminuído a intoxicação dela.

Os bombeiros chegaram com as vítimas retiradas do veículo e no chão da rua. Eles tentaram reanimar o grupo por cerca de 40 minutos e, após não terem respostas aos procedimentos, os óbitos foram decretados.

 

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