Em audiência de custódia realizada na manhã deste domingo (7), a Justiça de Minas Gerais converteu a prisão em flagrante de Welbert de Souza Fagundes, suspeito de atirar na cabeça do Sargento da Polícia Militar Roger Dias, após uma perseguição no Bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de BH, na noite de sexta-feira (5), e de seu comparsa, Geovanni Faria de Carvalho, em preventiva.
Na decisão, assinada pela juíza Juliana Miranda Pagano, da Central de Flagrantes de BH, a magistrada alega o histórico criminoso dos suspeitos para manter as prisões. “O modus operandi do crime demonstra em um juízo valorativo baseado em elementos concretos e não puramente abstratos, que há dados objetivos para se concluir que o paciente, solto, simboliza um risco à ordem pública, pela propensão para a repetição de novas infrações deste jaez”, disse na decisão.
“O reiterado contato do paciente com a justiça criminal é motivo justificador da cautela provisória, pois não se pode perder de vista que um dos escopos da segregação na fase cognitiva processual é, precisamente, garantir a ordem pública, consistente tal garantia em evitar que o delinquente volte a cometer delitos”, completou a juíza.
Com a decisão, os suspeitos vão seguir presos. O Policial Militar baleado está internado em estado gravíssimo no Hospital João XXIII, em BH.
Relembre o caso
O sargento foi baleado na noite dessa sexta-feira. O policial, de 29 anos, junto a outros militares, perseguia um Uno que tinha sido roubado.
Na entrada do bairro, o fugitivo perdeu o controle do carro e bateu no meio-fio. Os ocupantes do veículo, dois homens, fugiram a pé. Os policiais se dividiram: cada um foi atrás de um dos ladrões.
O sargento chegou a se aproximar de um homem de 25 anos. Nesse instante, deu ordem para que o fugitivo parasse e se deitasse. De repente, o homem, que estava de costas, virou-se, apontando uma arma para o policial e atirando.
O policial caiu no chão. O homem atirou mais uma vez, atingindo a perna do sargento. Antes de desmaiar, o sargento desferiu vários tiros na direção do seu agressor, atingindo-lhe uma das pernas.
Ao ouvir os disparos, os outros policiais correram em direção ao local de onde vinha o barulho e lá prenderam o agressor, que foi levado para o Hospital Risoleta Neves, onde está sob escolta.