Existe um ditado que diz: "A vida é feita de coincidências". Pois uma delas aconteceu com um menino, de  cinco anos, Juan Lucas, que na comemoração de seu último aniversário, em novembro, recebeu a visita, de ninguém menos, que o sargento Roger Dias da Cunha, militar morto a tiros durante uma perseguição a um fugitivo, no Bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte, na última sexta-feira (5).



"Ele foi na minha casa, e quando crescer, quero ser como ele, um policial". Juan estava no velório, segurando uma foto, dele, com o militar, na sua festa de aniversário. O quadro, do sargento Dias, com o menino Juan, foi entregue à viúva do policial, Ana Clara.

Segundo os avós do menino, o caminhoneiro Vanderlei Barbosa, de 48 anos, e Maria Aparecida Cândida, de 40, o neto é um apaixonado pela Polícia Militar.

"Resolvemos, então, no aniversário dele, pedir à PM que enviassem um policial para participar da festa. Pedimos ao 13º BPM, que enviou o sargento Dias, uma pessoa sensacional", diz o avô, Vanderlei.
"Gostamos tanto dele, que o convidamos para voltar", afirma a avó. 

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Mas Juan está triste. "Ele era meu amigo. Quando crescer, vou ser da Polícia Militar, mas não vou trabalhar à noite, pois é perigoso", diz o menino, que está abalado com a morte do sargento Dias.

 

Relembre o caso


De acordo com a Polícia Militar, a dupla foi até o bairro para roubar uma caminhonete Hilux. A presença dos suspeitos foi denunciada, o que levou várias guarnições até a região. 

A dupla dirigia um Fiat Uno prata quando foi avistada por uma viatura, dando início a uma perseguição, que só terminou quando eles atingiram um motociclista em uma avenida do bairro. 

O carro dos suspeitos parou de funcionar e eles fugiram a pé. O sargento Dias perseguiu Welbert até a avenida Saramenha, onde um dos fugitivos sacou uma arma e disparou contra o policial. O militar foi atingido duas vezes na cabeça e uma em uma das pernas. Ele foi socorrido para o Hospital João XXIII por uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). 

Welbert foi baleado na mesma avenida e preso. Já Geovanni, tentou, por horas, fugir dos militares. Ele chegou a se esconder em uma casa, onde trocou tiros e correu para uma mata da região. O suspeito só foi encontrado na madrugada de sábado (06/1), escondido na lama de um chiqueiro. 

A dupla foi presa e encaminhada para um hospital de BH. Os dois suspeitos passaram o dia internados sob escolta policial. Em audiência de custódia na manhã de domingo (7), o juiz decidiu por manter ambos presos.

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