No cenário animado e colorido do Carnaval de Belo Horizonte, os blocos ganham vida não apenas pela música contagiante, mas também pelos nomes peculiares que ecoam pelas ruas da cidade. Em uma celebração onde a criatividade é explorada, por trás dos nomes dos blocos, muito humor e originalidade são revelados e transformam as festividades em uma experiência única na capital mineira.

 

Confira abaixo uma lista de blocos que carregam nomes divertidos e criativos:

 

Bloco Gato Escaldado

O Bloco Gato Escaldado é um bloco familiar que foi criado em 2008 no Condomínio Los Angeles, no Bairro Sion, Região Centro-Sul, e, desde então, leva muita alegria para as ruas de BH. O bloco estima um público de 30.000 pessoas e o repertório vai desde marchinhas e sambas a MPB e axé dos anos 80 e 90.

 

Inicialmente, o objetivo era a preservação da Mata das Borboletas. Hoje, o bloco atua na divulgação da Epidermólise Bolhosa e promove ações durante todo o ano sobre o tema, bem como a erradicação de preconceitos contra portadores da doença. A conscientização foca nas crianças e nos adultos, que possuem cravadas na pele a fragilidade e as marcas deixadas pela Epidermólise bolhosa, patologia rara, genética e hereditária, que provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas e se manifesta já no nascimento.

 

O tema "Epidermólise bolhosa" está na pauta do bloco desde 2015 e, hoje, o Gato Escaldado já conta com uma bateria com 74 ritmistas, comissão de frente coreografada e Banda Papauê.

 

* O trajeto do bloco será da Praça Alaska para a Praça JK, no dia 18 de fevereiro às 15h30.

 

Bloco Cavalo-Marinho de BH

Criado por pessoas que frequentavam oficinas no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira, o Cavalo Marinho em BH tem uma orquestra composta por 14 pessoas e a missão de levar a cultura popular para o Carnaval da capital.

 

O Cavalo-Marinho originalmente é uma manifestação popular, assim como a Folia de Reis, e muito presente na cultura da Paraíba e do Pernambuco. O bloco em BH é um desdobramento deste costume no carnaval, com apoio do Cavalo Marinho Estrela da Paraíba. São 25 integrantes, sendo 12 músicos.

 

Além dos ritmos nordestinos usados na dança original, o bloco toca MPB, frevo e marchinhas.

 

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Bloco da Língua

Com o desejo inicial de descentralizar o Carnaval de rua de Belo Horizonte, o Bloco da Língua surgiu em dezembro de 2013 e hoje leva milhares de foliões para a Região Noroeste da cidade. A bateria garante o típico samba, além de axé, rock e reggae no setlist.

 

Criado a partir da iniciativa de moradores do Bairro São Salvador, que frequentavam a cena cultural do centro de BH, o bloco nasceu em um ato de coragem e resistência. Na época, não havia instrumentos e nem local para ensaiar. O grupo formado por educadores populares, professores, grafiteiros, pesquisadores, estudantes e cozinheiras da região, decidiu que era necessário criar um bloco carnavalesco no próprio bairro, e fazer um Carnaval político-pedagógico baseado pela discussão sobre a descentralização dos Blocos de rua, que normalmente concentram suas atividades no centro da cidade.

 

O nome Bloco da Língua surgiu do encontro gastronômico idealizado há mais de 15 anos no bairro. O evento é uma confraternização de amigos, onde o professor Rafael Frois cozinha uma “língua de boi”, servida ao molho madeira para os convidados. A iguaria era uma opção econômica para realizar o encontro, que se tornou um ritual de passagem para encerrar o ano. Neste contexto, a partir da “galera da língua”, como eram chamados, o grupo fundou o bloco de Carnaval.

 

Bloco Nega Biruta

Em 2012, no Bairro Dom Cabral, um grupo de amigos entediados e sem dinheiro para viajar, fez uma “vaquinha” para comprar um garrafão de vinho. Com a união dos amigos e o vinho, os amigos improvisaram fantasias, e decidiram seguir com a festa para anos seguintes. O nome escolhido faz referência a uma das fantasias improvisadas.

 

Hoje, o bloco é do estilo reggae e a bateria do desfile conta com cerca de 50 ritmistas.

 

*O bloco desfila no dia 18 de fevereiro, às 15h, com concentração na Rua Tabatinga, 39.

 

Bloco Bethânia Custosa

O bloco homenageia e anima o Carnaval da Região Oeste de BH ao som dos maiores sucessos da grande cantora Maria Bethânia. Organizado e gerido pelo Coletivo 1207, o repertório do bloco é composto pelos clássicos de Bethânia como Carcará em ritmo de baião, Reconvexo em samba regggae além dos sambas, ijexás e marchinhas.

 

O bloco realiza desde 2015 encontros carnavalescos fora do eixo centro sul de Belo Horizonte, sempre ligados a causas sociais e ambientais da região.

 

*O cortejo será no dia 12 de fevereiro, às 11h na Praça da Amizade, no Bairro Betânia.



Bloco Pão Molhado

O Bloco do Pão Molhado foi criado em 2000 por um grupo de amigos que tinha como objetivo levar o samba de boteco para as ruas do bairro Carlos Prates. Devido a aceitação do público, a Banda do Bororó tornou-se parceira da agremiação e participa do bloco ano após ano. A ideia inicial do bloco e que permanece até hoje, após 20 anos de desfile, é levar às ruas do bairro um dia de leveza e saudosismo.

 

* O Pão Molhado desfila no dia 4 de fevereiro, a partir das 11h, na Rua Valença, no Carlos Prates.

 

Bloco Então Planta!

Fundado em 2019, o A.r.b.o.r.i.z.a. B.H. é um coletivo de plantio de árvores no bairro de Santa Tereza com o objetivo de aumentar a relação de árvores por habitante segundo a recomendação da Organização Mundial de Saúde e, como consequência, melhorar a qualidade do ar e de vida, sombrear as ruas e fazer um trabalho de educação ambiental.

 

O projeto de ativismo ambiental que promove o plantio de árvores na cidade, é um ambiente acolhedor para famílias e crianças, com um cortejo leve que passa pelos pontos onde o projeto já plantou. O bloco toca axé, funk, rock, pagode, samba, sertanejo e MPB, adaptados para o carnaval.

 

* O bloco desfila dia 3 de fevereiro na Rua Mármore, 450.

 

Bloco Fúnebre

Unindo jazz, rock, música erudita, MPB e marchinhas carnavalescas, o Bloco Fúnebre capricha na maquiagem em seu desfile noturno. A ideia do bloco surgiu quando grupo de amigos que apoiados nas crenças populares de que “O Brasileiro se esquece de todos os problemas no carnaval”, decidiram oficializar uma cerimônia lúdica que desse sentido ao conceito “Enterrar as tristezas e ressuscitar a alegria”. Assim, os foliões estariam prontos para iniciar o Carnaval.

 

Com conceitos estéticos e filosóficos inspirados no Dia de Los Muertos do México, Circos Vitorianos, Semana Santa da Guatemala, no tradicional Zé Pereira de Ouro Preto e na máxima de enterrar as tristezas para curtir a festa momesca, surgiu Bloco Fúnebre e toda sua sutileza poética de se juntar morte e carnaval.

 

Bloco CEFET com Banana

O bloco CEFET com Banana foi criado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-BH). A Bateria Unificada Infernal, iniciativa dos estudantes, é responsável pela organização do bloco, que tem como objetivo reunir talentos do Centro Federal e proporcionar uma mistura de diversos ritmos musicais aos foliões.

 

* O bloco desfila em 27 de janeiro na Avenida Brasil, 1193, a partir das 12h.

 

Bloco As Charangueiras

O Bloco As Charangueiras é formado por 50 ritmistas, mães, que levam para o público a opção de curtir o carnaval em família com seus filhos, sobrinhos e amigos.

 

Desde que foi criado, o bloco das Charangueiras já homenageou muitas mulheres fortes e que tem uma representatividade cultural, como Carmen Miranda, Frida, Clara Nunes, Madonna, Wanderleia, Ivete Sangalo e este ano, a escolhida foi Rita Lee.

* O bloco desfila na Rua Paraíba, na Savassi, no dia 4 de fevereiro, das 10h às 14h.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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