A cerimônia para formalizar a cessão do Palacete Solar Narbona para o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) aconteceu na quarta-feira (17/1). O edifício, construído no início do Século 20 e parte do Circuito Liberdade, irá sediar a Escola de Magistratura e a Revista do TRF-6, a biblioteca institucional e o Centro de Memória da Justiça Federal em Minas Gerais.



O Palacete Solar Narbona, localizado na região Centro-Sul de BH, está desocupado desde março de 2010. A desembargadora federal Mônica Sifuentes, presidente do TRF-6, afirmou que, com a cessão feita pelo governo de Minas, o tribunal fará parte da reconstrução desse conjunto arquitetônico.

“Estamos instalando a interface da Justiça Federal não apenas com o jurisdicionado, mas também com o povo mineiro”, acrescentou a magistrada.

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O edifício faz parte do Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade e foi tombado em 2 de junho de 1977 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). Em 2021, o Solar Narbona foi um dos prédios pertencentes ao Estado compreendidos no edital lançado pelo Governo de Minas Gerais para ser ocupado.

A Casa Azul, a Casa Amarela e o Palacete Dantas foram os demais edifícios incluídos no edital que previa estudo para concessão dos prédios. O Solar Dantas estará sob posse do TRF-6 por cinco anos, podendo ser prorrogado por mais cinco.

“Essa casa irá proporcionar mais proximidade da Justiça Federal com as pessoas da nossa cidade e tenho a certeza de que o TRF-6 dará um excelente uso ao imóvel. Mais do que isso, promoverá no Solar Narbona um espaço de memória para que as pessoas consigam compreender a importância da Justiça Federal em Minas”, declarou na cerimônia de cessão a secretária de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag-MG), Luísa Barreto. Após reforma e ocupação do Solar Narbona, a futura biblioteca e o Centro de Memória serão abertos à visitação pública.

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A solenidade desta quarta-feira também contou com a presença do governador Romeu Zema (Novo), que destacou. “Esse equipamento ficará totalmente diferente da situação atual, muito mais bem conservado, com pessoas fazendo uso e enriquecendo o Circuito Liberdade”, disse o governador.

O histórico do edifício amarelo não é tão claro como os planos futuros para ele. A data de construção do Solar Narbona não é precisa, sendo estimada no início do Século 20, o arquiteto do Palacete é desconhecido.

O primeiro proprietário do edifício, o construtor espanhol Francisco Narbona, o planejou para uso residencial. Porém, além de residência, o Solar Narbona já foi ocupado por uma faculdade de Odontologia, pela Delegacia Geral, pela Fundação para o Bem-Estar do Menor (Febem) e pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG).

*Estagiária sob supervisão do subeditor Fábio Corrêa

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