A primeira morte de 2024 causada por chikungunya em Minas Gerais foi confirmada no último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES). O óbito ocorreu na cidade de Sete Lagoas, na Região Central.

Os casos em Minas Gerais de doenças transmitidas por mosquitos apresentaram um aumento significativo em relação ao ano passado, de acordo com os boletins. Em 2023, o cenário já era preocupante: pesquisadores da UFMG constataram um aumento de 700% no número de casos de chikungunya, que somaram mais de 62 mil notificações.



Até 15 de janeiro deste ano, o estado registrou um total de 11.658 casos prováveis de dengue, com 3.983 confirmações, representando um aumento expressivo em relação aos 2.932 casos prováveis registrados até 17 de janeiro do ano passado. Embora nenhum óbito tenha sido confirmado por dengue até agora, três casos estão em investigação.

No que diz respeito à febre Chikungunya, os números também são preocupantes. Os casos prováveis saltaram de 1.377 no ano passado para 1.726 em 2024. As confirmações também aumentaram de 26 para 1.223 no mesmo período.

Já o vírus zika não possuía nenhum caso provável nem confirmado até 17 de janeiro de 2023. Neste ano, o cenário é o mesmo.

As autoridades de saúde orientam a população a intensificar medidas preventivas, como eliminação de focos de mosquitos e uso de repelentes, diante dessa escalada nos casos, a fim de conter a propagação dessas doenças e proteger a saúde pública.

Nota de esclarecimento

Nesta segunda-feira (22/1), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais emitiu uma nota em que esclarece que "as notificações de casos de dengue, zika e chikungunya são lançadas pelos municípios no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Os óbitos em investigação devem ser notificados em até sete dias".

A nota prossegue: "Diferentemente do que foi divulgado no Boletim Epidemiológico das Arboviroses do dia 15/1/2024, o óbito por chikungunya no município de Sete Lagoas ainda está em investigação e não foi confirmado. Os óbitos com suspeita de arboviroses têm 60 dias, a partir da data de notificação, para serem investigados e encerrados, podendo a conclusão ser alterada neste período."

"Os dados de incidência de dengue, zika e chikungunya no estado estão disponíveis no Painel Arboviroses - Vigilância Epidemiológica: https://www.saude.mg.gov.br/aedes/painel. Nele, é possível filtrar o número de casos por ano, semana epidemiológica, Macrorregião de Saúde, Microrregião de Saúde, Unidade Regional de Saúde e município. O painel está sendo atualizado duas vezes por semana neste período sazonal das doenças", diz.

E finaliza: "Em 2024, até 18/1, há notificações no painel de dez óbitos em investigação por dengue e três óbitos em investigação por chikungunya."

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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