O volume de chuvas que atingiu Belo Horizonte e parte da Região Metropolitana, na noite dessa terça-feira (23/1), pode se repetir, mas com menos intensidade. Conforme a Defesa Civil da capital, a previsão para esta quarta (24/1) é de acumulado de até 80 mm, acima do registrado nas Regiões Centro-Sul, Venda Nova e Pampulha durante o temporal.

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Apesar do volume de precipitações esperadas para esta quarta serem semelhantes as dessa terça, a intensidade será diferente, como explica Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com a especialista, as chuvas foram mais fortes em decorrência de um acúmulo de nuvens de tempestade. No entanto, o acumulado previsto, independentemente se registrado em pouco tempo ou ao longo do dia, pode trazer transtornos.

Como consequência às constantes chuvas, a Defesa Civil de BH emitiu um alerta para possibilidade de pancadas até a manhã desta quinta-feira (25/1). A previsão é que, além da precipitação, haja ocorrências de queda de raios, rajadas de vento até 50 km/h com raios e rajadas de vento em torno de 50 km/h até o início da manhã desta quinta.

Durante o período, a recomendação é que as pessoas redobrem a atenção, evitem áreas de inundação e não trafeguem em ruas sujeitas a alagamentos ou perto de córregos e ribeirões nos momentos de chuva forte. Além disso, o órgão pede que os moradores não se abriguem ou estacionem veículos debaixo de árvores e tenham atenção especial para áreas de encostas e morros.

 

Risco geológico

Depois do temporal da noite dessa terça-feira (23/1), a Defesa Civil da BH colocou as regionais Pampulha, Oeste, Centro Sul e Leste sob alerta de risco forte de desabamentos e deslizamentos de terra. O aviso é válido até sexta (26/1). As regionais Venda Nova, Barreiro, Noroeste e Nordeste também estão sob alerta, porém o risco é classificado como moderado. Apenas a regional Norte não entrou no aviso.

Os estragos causados pela tempestade foram registrados em diversos pontos. Foram árvores caídas, muitas sujeiras nas ruas e carros arrastados. Na Barragem Santa Lúcia, na Região Centro-Sul, imagens compartilhadas por moradores mostram carros sendo arrastados pela enchente. No Bairro São Bento, na mesma região, veículos ficaram empilhados na Rua Michel Jeha. Há vídeos que mostram situação semelhante na Avenida Prudente de Morais. Muitos carros amontoados em uma das vias.

Em apenas três horas, choveu quase 30% do esperado para o mês de janeiro. A expectativa da Defesa Civil para o dia era de 40 milímetros (mm). Em algumas regionais, como a Pampulha, o volume ficou próximo a 80mm. Durante coletiva de imprensa, o prefeito Fuad Noman (PSD) afirmou que esse será o “novo normal”.

“Depois de uma chuva extremamente violenta, a gente costumava dizer que era fora do normal, mas agora a gente tem que dizer que essa chuva é o novo normal”, disse o prefeito de BH, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (24/1).

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Segundo balanço apresentado pela Defesa Civil, foram sete pontos de alagamento. Os mais graves, concentrados nas Regionais Oeste, Pampulha e Venda Nova, onde o órgão instalou postos de comando para mapeamento dos atingidos. Ao todo, foram 44 solicitações, nove por risco de desabamento de casas, muros e deslizamentos de terra.

Emissão de alertas

Os moradores de Belo Horizonte podem receber os alertas de risco de chuvas fortes, granizo, tempestades, vendavais, alagamentos, deslizamentos de terra e outros fenômenos meteorológicos pelo canal público do whatsApp: https://bit.ly/DefesaCivilBH

A população também pode acompanhar os alertas e as recomendações da Defesa Civil por SMS. Para se cadastrar, basta enviar uma mensagem de texto com o CEP da sua rua para o número 40199, e uma mensagem de confirmação será enviada na sequência. O serviço não tem custo.

Pelas redes sociais, os alertas podem ser acompanhados por meio do Instagram, X, Facebook e pelo canal público do Telegram no endereço: defesacivilbh.

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