O "Projeto Socioemocional" é a aposta do governo de Minas Gerais para tentar evitar episódios de violência e bullying nas escolas da rede estadual. De acordo com o secretário de Estado da Educação, Igor de Alvarenga, a previsão é que a iniciativa comece a ser implementada, em todas as escolas do estado, no início do ano letivo, em 6 de fevereiro.

 



 

O objetivo é trabalhar as habilidades socioemocionais dos estudantes. “Todos os especialistas das escolas vão passar por uma capacitação que trará estratégias de como trabalhar em sala de aula essas competências. Em um segundo momento, serão aplicados questionários em parceria com a Polícia Militar (PMMG) com o objetivo de elaborar uma matriz de risco”, explicou.

 

A partir do diagnóstico dos questionários, a pasta vai analisar quais escolas precisam de uma atenção maior e será traçado um plano de ação para cada uma. A capacitação será feita por uma instituição contratada, segundo ele.

 

A secretária adjunta Geniana Faria afirma que este é o grande projeto da pasta e que está ligado a um dos três grandes desafios da secretaria neste ano: acesso, permanência e aprendizagem. O projeto faz parte do segundo pilar.

 

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Fortalecimento

 

O projeto surgiu a partir de uma percepção do que foi desenvolvido pelo Plano de Recomposição de Aprendizagens (PRA), criado em 2023. A secretária adjunta diz que com o PRA, a pasta percebeu que o desenvolvimento das competências socioemocionais dos estudantes deveria ser fortalecido. Ela cita as ameaças de ataques registrados nas escolas no ano passado e a questão do bullying, que teve lei sancionada em janeiro deste ano.

 

 

"Já era um desejo da PM fazer um diagnóstico na nossa rede para entender quais escolas precisam ser acompanhadas de perto, em relação à segurança. Esse é o nosso grande desafio: como desenvolver nossos estudantes para evitar as violências.”

 

Em fevereiro, será aplicado um questionário de diagnóstico para entender o ‘clima escolar’.

 

“O primeiro questionário será aplicado em 6 de fevereiro, em parceria com a Polícia Militar, para avaliar o clima escolar. Com o resultado, a pasta vai identificar quais escolas merecem mais atenção. No fim de fevereiro, será aplicado o questionário socioemocional, respondido pelos estudantes. Depois do cruzamento desses dois questionários, vamos selecionar as escolas prioritárias, construir a matriz de risco com a PM e traçar o plano de ação para cada escola”, explica a secretária adjunta.

 

Ela diz que, depois o questionário, será aplicado novamente para ver se haverá evolução. “Nosso objetivo é evitar a violência.”

 

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A equipe técnica é que vai definir qual critério, de acordo com o diagnóstico. Alvarenga destacou que o critério de complexidade depende do resultado do questionário que será aplicado.

 

O secretário lembra ainda que os assistentes sociais e psicólogos fazem um trabalho preventivo e coletivo nas escolas. Ele frisa que o projeto vai acontecer em paralelo ao trabalho desses profissionais. "Os temas serão abordados por profissionais da educação, na perspectiva da educação. Quando for algo mais intenso, específico, este encaminhamento é feito para a área da saúde.”

 

O objetivo é trabalhar temas para que os estudantes tenham um autoconhecimento e consigam lidar com as suas emoções. A pasta trabalha em duas frentes: situações imediatas e com resultados de longo prazo para melhoria e redução de violência no ambiente escolar.

 

O secretário diz ainda que a intenção é ensinar os professores a trabalharem essas competências socioemocionais. “Para que isso vire uma rotina na escola e o ambiente escolar possa melhorar.”

 

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A secretária adjunta ressalta que o objetivo é trabalhar a comunidade. “Precisamos muito fortalecer a rede de proteção, mas precisamos de pessoas que consigam trabalhar com a comunidade escolar.”

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