Um aluno de Belo Horizonte participou, na última semana, de um intercâmbio no Centro de Treinamento da National Aeronautics and Space Administration (Nasa) e levou para casa o primeiro lugar em uma competição da Nasa. Lorenzo Protzner Dias Braga, de 11 anos, e mais dois participantes integrantes da equipe Missão Apollo programaram e construíram um robô que se movimenta de forma autônoma e uma espécie de veículo robô capaz de andar em superfícies, como a da Lua.
Além de participar dos desafios, os aspirantes a astronauta participaram de aulas de ciência e robótica. Para Lorenzo, assistir a aulas em inglês não foi um desafio. A mãe dele, Deborah Dias Rodrigues, conta que “ele já é fluente há alguns anos” e aprendeu a língua durante a pandemia. Isso também foi uma vantagem na hora de participar de um café da manhã com um astronauta da Nasa, em que houve um bate papo entre as crianças e o profissional.
Antes de ir até Houston, nos Estados Unidos, para participar do intercâmbio, os 30 alunos, todos brasileiros, participaram de um curso com aulas ministradas uma vez por semana, para se habituar ao inglês e se familiarizar com os termos técnicos da robótica e da aeronáutica. No caso de Lorenzo, as aulas também serviram para que ele desenvolvesse uma amizade com outro participante, que depois se tornou colega de equipe.
Deborah conta que sempre incentivou os anseios do filho de ser astronauta e diz que o interesse existe “desde os seis ou sete anos”. Lorenzo estuda o assunto em casa, por conta própria, e tem até mesmo um telescópio.
A mãe lembra que “uma vez, ele chegou até a fazer uma maquete do sistema solar, por conta própria, e a professora pediu para ele fazer uma palestra, ensinar sobre o sistema solar para os alunos mais velhos”, conta orgulhosa.
Durante a cerimônia de entrega das medalhas, Lorenzo escolheu receber seus prêmios e fazer as fotos vestindo o uniforme da escola em que estuda em BH, a SEB Unimaster. O motivo, de acordo com ele, é que “não quis deixar para trás a minha escola”. Os planos do pequeno astronauta para o futuro incluem a instituição: “!uero mudar, de fato, a história da minha escola”, diz.
A curto prazo, o desejo dele é mandar mais dois amigos para fazer o mesmo intercâmbio. “Eu quero tentar mandar mais dois amigos meus, em janeiro do ano que vem, ou em janeiro de algum outro ano”, projeta.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata