Criado em 2015, bloco resgata a atmosfera tradicional do carnaval, com marchinhas e sucessos antigos da festa de Momo -  (crédito: Silvia Pires/EM/D.A Press)

Sem trio elétrico, bloco resgata a atmosfera tradicional do carnaval, com marchinhas e sucessos antigos da festa de Momo

crédito: Silvia Pires/EM/D.A Press

Saindo da praça Zamenhof, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, uma multidão acompanhou o cortejo do bloco Ladeira Abaixo pela Avenida Assis Chateaubriand, na manhã deste sábado (10/2), primeiro dia oficial de carnaval.

Com a bateria afinada e sem trio elétrico, o bloco resgata a atmosfera tradicional do carnaval, com marchinhas e sucessos antigos da festa de Momo. Criado em 2015 como alternativa ao agito das ruas na região central, o Ladeira Abaixo é hoje um dos gigantes da folia belo-horizontina.

Recém-instalado em Belo Horizonte, Júlio Rocha, de 25 anos, foi pela primeira vez ao bloco. “Já vim ao Carnaval, mas nesse bloco é a primeira vez. Estou gostando bastante, não está muito cheio, conseguimos ouvir a música”, disse. Ele e outros quatro amigos montaram uma fantasia para curtir a festa: quatro flores e uma jardineira. “Somos um jardim”, declarou, empolgado.

A amiga Priscila Lima Tavares, de 33, foi quem teve, junto de Júlio, a ideia para a fantasia, que arrancou elogios de outros foliões. “Nós dois que fizemos. A gente ficou pensando muito tempo qual seria e decidimos vir de flor. Passamos a semana preparando tudo”, contou.

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Com início tímido, mais foliões começaram a encher a avenida por volta das 11h, inclusive saindo do Então, Brilha, bloco que arrastou multidões logo nas primeiras horas do dia. É o caso do casal Luiz Paulo Alcântara, de 33, e Gleydson Daudi, de 32. “Começamos no pique logo cedo e depois viemos para cá”, disse Luiz.

Luiz mora em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, e Gleydson em São Paulo (SP). Os dois eram amigos de anos, mas foi o carnaval de BH que revelou algo mais na amizade. Agora, eles celebram um ano de união. “Tudo começou no carnaval. Começamos a namorar no último dia de festa do ano passado”, conta Gleydson.