Com a alta demanda e a expectativa de grande público para pular carnaval em Belo Horizonte, os ambulantes esperavam mais vendas. A concorrência elevou os preços, o que obrigou alguns a aceitar até mesmo a ‘pechincha’ dos foliões no bloco Xibiu, no Bairro Castelo, na Região da Pampulha.
“O movimento está muito ruim. Tem muita gente vendendo, então, está saindo pouco. A concorrência esse ano aumentou”, reclamou um dos vendedores.
Por comprarem os produtos para revenda, a margem de lucro pode diminuir caso o preço das bebidas e alimentos caiam mto.
“Tenho que colocar esse preço, porque senão eu não ganho nada. A cerveja está a R$ 15, mas se der uma choradinha, eu até faço por R$ 13. Menos não tem como”, falou um dos ambulantes.
A distribuidora de bebidas Império montou quase um ‘quiosque’ para vender os produtos. O que chamou atenção foi a comercialização do gelo, que foi uma procura, inclusive, dos próprios ambulantes. Com o carrinho na rua e com as altas temperaturas, para evitar que as bebidas fiquem quentes, foi necessário recorrer ao gelo.
Vendas inusitadas
Com o movimento de muitas crianças, as barracas com itens para divertir o público infantil fizeram sucesso. A espuma foi o carro-chefe de vendas.
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“Esse é meu segundo ano vendendo [os itens para as crianças]. Antes vendia bebida, mas parei, porque é muita gente vendendo”, falou Cardoso da Mota, ambulante.
De acordo com ele, a preferência por vender a espuma infantil, bolhas de sabão e outros brinquedos, tem dado mais retorno. Muitos pais se renderam ao pedido dos filhos para comprarem os itens. Custando R$ 20 , a espuma foi adorada pelas crianças, que usam para brincar entre si, ou para desenhar nas calçadas.